Deslocamentos horizontais e verticais de pequena escala realizados pela albacora laje Thunnus albacares no Arquipélago São Pedro e São Paulo
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7934 |
Resumo: | A albacora laje, Thunnus albacares, é uma espécie oceânica epipelágica muito capturada no oceano Atlântico tropical, sendo um importante recurso pesqueiro na região do Arquipélago São Pedro e São Paulo (ASPSP). Poucas pesquisas até o momento tem estudado o comportamento desta espécie de atum nesta localidade, o qual, provavelmente, é influenciado por diversos fatores abióticos e bióticos do oceano. Por esta razão, a presente pesquisa procurou entender o comportamento da albacora laje através do uso de experimentos de marcação por satélite (PAT) a fim de obter informações sobre os deslocamentos circadianos de pequena escala e o seu habitat termobatimétrico preferencial na região do ASPSP. Um total de oito exemplares de albacora laje foram marcados com marcas PAT programadas para operar por períodos de 15 a 120 dias, registrando a temperatura da água, a profundidade e a luminosidade do ambiente para fins de estimativa de deslocamentos. Todas as marcas se desprenderam antes do prazo previsto, com o tempo de marcação variando entre um e treze dias. Os pontos de liberação das marcas ocorreram entre 0,77 e 79,05 mn em um prazo máximo de treze dias do ASPSP, demonstrando que esta espécie permanece por alguns dias na região do arquipélago, o qual é importante região trófica devido a alta concentração de vida marinha, principalmente de peixe-voador (Cypselurus cyanopterus). Com os resultados obtidos, foi possível observar uma nítida preferência da espécie pela camada homogênea (0-50 m), cuja temperatura média registrada foi de 27,2°C. O agrupamento dos dados de todos os peixes marcados demonstrou uma permanência de 83,5% do tempo total de experimento na camada homogênea, sendo 46,3% no período noturno (17:00 - 5:00 h) e 37,2% no período diurno. A faixa da termoclina também foi frequentada pelos exemplares marcados, com 12,9% do tempo de marcação e temperaturas entre 13,9°C e 20,3°C. O mergulho mais profundo realizado foi a 488,0 m, com temperatura de 7,3°C. Entretanto, observou-se que este comportamento não é frequente para a espécie, sugerindo algumas hipóteses como a busca por alimento em águas mais profundas, a fuga de predadores ou mesmo a exploração batimétrica pela espécie. Os resultados indicam que a espécie permanece na região em atividade trófica por um determinado período, realizando movimentos circadianos horizontais e verticais no entorno do ASPSP. Novos experimentos são necessários para melhor entender esta dinâmica de deslocamentos realizados pela espécie na região, levando-se em conta melhores condições para fixação das marcas nos peixes. |