Diversidade e uso do microhábitat de lagartos em uma região do domínio das caatingas, Nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ecologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5271 |
Resumo: | De toda diversidade da ordem Squamata, os lagartos representam um pouco mais que a metade das espécies descritas na atualidade. Esses animais são organismos modelos para estudos ecológico-evolutivos, o que faz com que sejam alvo de interesse de pesquisas científicas em vários lugares do mundo. A Caatinga é um dos principais biomas da região Nordeste do Brasil, ocupa cerca de 6,83% do território nacional e estende-se por vários estados dessa região. É um bioma único, e apesar de estar localizado em área de clima semiárido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismos. Estudos acerca da diversidade, composição e ecologia dos répteis da Caatinga são relativamente recentes, esses trabalhos são extremamente importantes e de grande valor para entendere e preservar o semiárido. Porém essas informações são pontuais e não representam ainda a biodiversidade da região Nordeste, necessitando de mais esforços em diferentes localidades, principalmente em áreas de floresta úmida inseridas nesse bioma. Este trabalho objetiva investigar a abundância, riqueza, diversidade, distribuição espacial e largura/sobreposição de nicho dos lagartos da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe. Para alcançar esse objetivo, foram amostradas três diferentes fitofisionomias (Caatinga arbustiva, Mata de encosta e Cerradão) da APA da Chapada do Araripe. As coletas de dados foram feitas através de coletas ativas e passivas realizadas mensalmente durante o período de doze meses (Agosto/2011 a Julho/2012). A coleta ativa foi realizada durante um dia para cada área por campanha e com duração de seis horas diárias, sendo três horas no período matutino (8 às 11h), e três horas no período noturno (18 às 21h). As coletas passivas foram realizadas através de 60 baldes distribuídos nas armadilhas de contenção e queda (pitfall), com cercas guias (drift-fences), estas foram organizadas em doze linhas de cinco baldes, com 5m de distância entre os mesmos, e as linhas foram distribuídas igualmente nas três fitofisionomias estudadas, onde os baldes permaneceram abertos por cinco dias durante cada campanha. Como resultado, foi registrado 20 espécies de lagartos, pertencentes a 12 famílias. A riqueza e abundância variaram entre as três áreas amostradas. A área de caatinga foi a que obteve o maior número de espécies (n= 14) e a área de cerradão foi a mais abundante (n= 99). O lagarto mais abundante na área de caatinga foi Ameiva ameiva, na área do cerradão Colobosaura modesta e para a área da Mata secundária Norops brasiliensis. Houve diferença significativa entre as estações (chuvosa e seca), na estação seca os lagartos foram mais abundantes. As análises baseadas em modelos nulos indicam valores não significativos sobre a sobreposição do uso do microhábitat, evidenciando que a competição por espaço não está regulando a estrutura das comunidades estudadas, sendo ela regulada por outros fatores. |