Ecologia alimentar de Zoanthus sociatus e Protopalythoa variabilis (Cnidaria: Zoantharia) no litotal de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ALVES, Amanda Lacerda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ecologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5234
Resumo: Este trabalho objetivou estudar a ecologia alimentar dos zoantídeos Zoanthus sociatus e Protopalythoa variabilis. Foram amostradas trimestralmente (maio/2013 a fevereiro/2014) colônias das espécies no infralitoral nos recifes da Praia de Porto de Galinhas (8º 33’ 00’’ a 8°33’33” S ; 35º 00’27’’ a 34º 59’ 00’’ W). Os pólipos (n=400) tiveram a cavidade gástrica examinada e as presas encontradas foram contabilizadas, medidas e identificadas. Foram calculadas a riqueza e abundância total dos itens de presas. O teste GLM two-way ANOVA foi usado para comparar a abundância e riqueza entre período e espécies. A partir das medições das presas, foi calculado o biovolume para caracterizar as presas com maior importância no aporte de biomassa. Para análise de seletividade foram coletadas amostras das espécies de zoantídeos e do plâncton no período seco e chuvoso. Os resultados revelaram a ocorrência de sete taxons do fitoplâncton e três do zooplâncton, além de matéria orgânica particulada. As diatomáceas pennales foram as presas mais abundantes e, juntamente, com ovos de invertebrados constituíram as presas mais importantes no aporte de biomassa. Houve diferença significativa na abundância e riqueza entre as espécies e entre os períodos, havendo interação significativa entre estes fatores, apenas para a abundância. O tamanho médio das presas presentes nos pólipos de Z. sociatus (26,35 ± 59,10 μm) e nos pólipos de P. variabilis (26,56 ± 54,71 μm) foi menor do que no plâncton (54,14 ± 107,25 μm). Quanto ao tipo de presa, Zoanthus sociatus e Protopalythoa variabilis se alimentam predominantemente de diatomáceas. Pelos resultados obtidos, as duas espécies são suspensívoras, alimentando-se principalmente de fitoplancton de pequeno porte. Esses resultados corroboram os anteriormente encontrados para o zoantídeo P. caribaeorum no mesmo local, demonstrando que este grupo tem um papel importantíssimo no fluxo de energia nos recifes, transferindo biomassa do plâncton para elos superiroes da cadeia. Isto é fundamental para os recifes brasileiros onde a cobertura de outros suspensívoros, como corais, é muito baixa.