Estratégias rurais de uso e manejo de plantas para a construção de cercas em uma área de caatinga no município de Caruaru, Pernambuco
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4996 |
Resumo: | No interior do Nordeste brasileiro, no âmbito das propriedades rurais, as cercas desempenham importante papel na proteção, tanto da lavoura quanto dos reservatórios de água. Apesar disso, este assunto ainda é pouco investigado quanto à forma de manejo, abundância, densidade e distribuição das plantas que as compõem e, principalmente, ao impacto que a retirada de madeira para a sua construção provoca na vegetação da caatinga. Este trabalho objetivou identificar as espécies usadas para a construção de cercas numa comunidade rural no município de Caruaru (Nordeste do Brasil), reconhecer as tipologias locais, as formas de uso e de manejo e contribuir para uma visão local de sustentabilidade deste tipo de exploração. Em cada unidade habitacional, foram medidos 50m de cerca, contabilizados e tomadas medidas de diâmetro e altura de cada elemento vegetal de sua composição. Adicionalmente, realizou-se entrevistas semi-estruturadas com os mantenedores para a obtenção de informações sobre o uso e manejo das cercas. Por fim, buscou-se avaliar o conhecimento local com base em diferentes técnicas quantitativas: freqüência (Fsp); diversidade total (SDTotal); equitabilidade (SETotal); valor de consenso de informante (Ucs) e valor de importância (Ivs). Em 2500m de cerca, foram encontrados 4953 indivíduos e identificadas 51 espécies, a maior parte pertencente à categoria estacas mortas. Os entrevistados reconheceram as vantagens oferecidas pelas cercas vivas e ocasionalmente fazem uso de produtos retirados delas como lenha, carvão, frutos, remédios caseiros e estacas para construção de outras cercas. Considerando que a maioria das espécies preferidas para a construção são nativas e em parte retiradas do fragmento de vegetação local, se faz necessário incentivar a comunidade o uso de práticas que possam diminuir o impacto sobre a vegetação nativa da área. |