Lutas e resistência dos moradores da periferia da cidade do Recife (1955-1988)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Geane Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6765
Resumo: Nossas pesquisas serão em torno das “LUTAS E RESISTÊNCIA DOS MORADORES DA PERIFERIA DA CIDADE DO RECIFE (1955-1988)”. Em muitos momentos da história, comprovou-se que os moradores da periferia são definidos como os excluídos da história, que conseguiram ser protagonistas a partir do momento em que se uniram e se organizaram como classe. Na periferia da cidade do Recife, não foi diferente. Os populares, excluídos da cidadania, uniram-se para que fosse possível ter seus direitos garantidos, esta união aconteceu através das associações de bairro. Estimuladas pelo prefeito Pelópidas Silveira, as associações de bairro surgem a partir do ano de 1955, tinham por missão servir de ponte entre a prefeitura e a população das comunidades periféricas. Após o golpe de 1964 muitas delas são fechadas e proibidas, porém os movimentos sociais de bairro ressurgem com o apoio da Igreja Católica Progressista, que desempenha importante papel para a continuidade dos poucos movimentos sociais restantes durante o período ditatorial, mesmo sob dura vigilância e repressão por parte dos aparatos policiais estruturados pelo Estado de exceção. Esta experiência de resistência foi importante para o fortalecimento dos movimentos de bairro durante a década de 1980 e para a formação de uma nova democracia, mais participativa e popular, na qual se pudesse incluir os excluídos da sociedade, ampliando o acesso à cidadania. Esta dissertação tem o objetivo de estudar as “Lutas e resistências” dos moradores da periferia através das associações de bairro, antes e durante a Ditadura Militar, procurando destacar sua formação e práticas; suas táticas de resistência e sobrevivência; as formas como lidavam com a vigilância e repressão promovidas pelo DOPS-PE no âmbito de uma política de controle social; e, de que forma as práticas dentro das associações contribuíram para a percepção da importância da democracia nas lutas pela justiça e inclusão social.