Transgressão e cotidiano : a vida dos clérigos do hábito de São Pedro nas freguesias do açúcar em Pernambuco na segunda metade do século XVIII (1750 – 1800)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, Gustavo Augusto Mendonça dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4731
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo historicizar o comportamento cotidiano do clero secular nas freguesias do açúcar em Pernambuco na segunda metade do século XVIII, buscamos com isso entender como as transgressões praticadas pelos membros deste grupo eram tratadas na época pela sociedade, Igreja e Estado. Analisaremos como o clero secular estava inserido na sociedade da América portuguesa e como interagia com ela, sendo necessário para isso uma abordagem das características socioeconômicas das freguesias do açúcar por nós estudadas. Também buscaremos compreender como se dava a regulamentação do clero dentro da legislação aplicada no Brasil e no Império português, dentro desse contexto faremos uso das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, das Ordenações Filipinas e dos Regimentos do Santo Ofício da Inquisição dos reinos de Portugal de 1640 e 1774, códigos que regiam a sociedade da época nos aspectos civil e religioso. A partir dessas normas buscaremos analisar sua aplicação no cotidiano das freguesias do açúcar no período entre 1750 e 1800, tentando responder as seguintes questões: quais eram as transgressões praticadas pelos membros do clero secular? Como a justiça eclesiástica e leiga agia contra elas? Qual a opinião da população com relação a estes atos? Podemos notar assim que muitos foram os clérigos que constituíram família ou ofenderam os sacramentos da Igreja sendo suspeitos. Também observamos que tanto a justiça eclesiástica quanto a leiga agiam contra clérigos em Pernambuco, havendo mesmo conflito entre estes dois foros, e que a população tendia a tolerar as transgressões do clero, desde que elas não ultrapassem certos limites sociais.