Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Veronica de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16886
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Resumo: |
Não obstante as determinações dos concílios, especialmente as do de Trento, quanto à moral sexual dos eclesiásticos, a alcunha medieval vício dos clérigos caracterizou muito bem o contexto de Portugal e do Brasil da Época Moderna, quando um expressivo número de homens da Igreja se envolveu com o crime da sodomia e caiu nas malhas da Inquisição portuguesa. Através dos documentos gerados pelo Santo Ofício lusitano, especialmente os oriundos das Visitações à Bahia colonial, o trabalho analisa as relações sodomíticas entre os eclesiásticos e os seus parceiros sem, contudo, se esquecer daqueles que sofreram o que atualmente designamos de "abusos sexuais" perpetrados pelos homens da Igreja. Tal contexto demonstra que, ainda que tenha existido um conjunto de regras que regulavam os comportamentos dos membros da Igreja, objetivando constituí-los exemplos para a sociedade, não foi possível exercer um total controle sobre suas atitudes que, muitas vezes, pareceram desafiar os códigos católicos de conduta. A perspectiva reforça a idéia de que os sodomitas da Igreja, mesmo com um estilo de vida que se propunha diferente do dos leigos, não foram presas passivas de um discurso de submissão e austeridade. |