Perfil de sensibilidade in vitro de Staphylococcus spp frente a antimicrobianos e desinfetantes utilizados no controle da mastite bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: MEDEIROS, Elizabeth Sampaio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5597
Resumo: Objetivou-se com esse trabalho avaliar a ocorrência e a sensibilidade de bactérias do gênero Staphylococcus spp frente aos antibióticos e desinfetantes utilizados no controle das mastites bovinas. Foram estudadas 15 propriedades situadas em municípios da Região Metropolitana do Recife (A), Agreste (B) e Zona da Mata (C) do estado de Pernambuco. Foram coletadas 1080 amostras de leite de vacas com mastite subclínica que foram submetidas ao exame microbiológico para isolamento e identificação dos Staphylococcus spp. Para o estudo da sensibilidade e resistência dos Staphylococcus spp aos antimicrobianos foi empregada a técnica de difusão em discos frente aos seguintes antibióticos: amoxicilina (10 mcg), ampicilina (10 mcg), azitromicina (15 mcg), cefquinome (30 mcg), cephalonium (30 mcg), ciprofloxacina (5mcg), cloxacilina (25 mcg), danofloxacina (10 mcg), enrofloxacina (5 mcg), eritromicina (15 mcg), florfenicol (30mcg), gentamicina (10 mcg), penicilina + novobiocina (10 mcg), sulfa (25 mcg) + trimetoprim (5 mcg), tobramicina (10 mcg) e tetraciclina (30 mcg) + neomicina (30 mcg) + bacitracina (10 mcg). Para o estudo “in vitro” da sensibilidade e resistência dos Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase positiva aos desinfetantes, foram utilizados o iodo (0,57%), cloro (2,5%), amônia quaternária (4%), ácido lático e clorexidine (2,0%). Das 1080 amostras analisadas, 740 (68,5%) foram positivas ao exame microbiológico e 340 (31,5%) negativas. Das amostras positivas, isolaram-se bactérias do gênero Staphylococcus em 291 (39,3%). Dos 291 isolados, 170(58,4%) foram classificados como Staphylococcus coagulase negativa (SCN), 84(28,9%) como Staphylococcus aureus (S.aureus) e 37(12,7%) como Staphylococcus coagulase positiva (SCP). A melhor eficácia in vitro foi obtida pela associação entre neomicina + bacitracina + tetraciclina com percentuais de 98,4%, 99,3%, 89,7% para as regiões A, B e C respectivamente. O menos eficaz foi a ampicilina que apresentou 56,5% de resistência para os isolados da região A, 72,8% para a região B e 71,8% na região C. Com relação aos desinfetantes, observou-se que o iodo foi o mais eficaz para os S. aureus e SCP e o menos eficaz foi o cloro. Conclui-se com este estudo a importância epidemiológica dos Staphylococcus spp nas mastites subclínicas em vacas leiteiras nas regiões estudadas e a necessidade da avaliação periódica dos antibióticos e desinfetantes utilizados no controle da mastite.