Sensibilidade antimicrobiana de patógenos causadores de mastite em vacas na região Centro-Oeste Paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amato, Beatriz Pinheiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250505
Resumo: A mastite gera prejuízos econômicos em rebanho leiteiros e interfere nos processos industriais de laticínios. O uso indiscriminado de antibióticos para tratar a doença agrava a resistência a tais medicamentos, sendo imprescindível a identificação do agente causador para o sucesso do tratamento. O objetivo do presente estudo foi isolar bactérias causadoras de mastite bovina em amostras de leite obtidas em propriedades leiteiras localizadas no Centro-Oeste Paulista e avaliar sua resistência frente aos antimicrobianos comumente utilizados em seu tratamento. Analisaram-se amostras de leite de 80 vacas com mastite clínica ou subclínica. As amostras foram inoculadas em Ágar Sangue e Ágar MacConkey e incubadas a 37 ºC/24 h. As colônias isoladas passaram por identificação morfo-tintorial (coloração de Gram) e bioquímica. Para a determinação da espécie, as amostras de leite também foram analisas por espectrometria de massa (MALDI-TOF MS). Os microrganismos identificados foram submetidos ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos em placa de Ágar Müeller-Hinton (35 °C/24 h) com discos contendo Gentamicina (10 μg), Amoxicilina + Clavulanato (20 μg + 10 μg), Tetraciclina (30 μg) e Oxacilina (1 μg). Em 87,5% das amostras houve crescimento de bactérias Gram-positivas, com prevalência de Staphylococcus aureus (54,3%) e 21,2% das amostras apresentaram colônias de bactérias Gram-negativas, com o predomínio de Escherichia coli (18,6%). A resistência para oxacilina ocorreu em 48,6% das bactérias Gram-positivas e em 100% das bactérias Gram-negativas isoladas e, para tetraciclinas, a resistência foi de 12,8% e 29,4% respectivamente. Dentre as bactérias Gram-positivas, 11,4% apresentaram resistência para gentamicina e amoxacilina e clavulanato. As bactérias Gram-negativas apresentaram 5,9% de resistência para amoxacilina e clavulanato e nenhuma resistência frente à gentamicina. Concluiu-se que houve alta incidência de bactérias Gram-positivas causadoras de mastite na região e alta incidência de resistência a oxacilina entre os microrganismos isolados.