Pesquisa de Staphylococcus aureus enterotoxigênicos formadores de biofilmes isolados de bovinos com mastite em rebanhos leiteiros e perfil de resistência frente a desinfetantes
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8189 |
Resumo: | A produção leiteira no Brasil se destaca por ser uma das atividades mais importantes para pecuária brasileira, sendo responsável pela fonte de renda de milhões de brasileiros. Entretanto, essa atividade é constantemente influenciada pela ocorrência da mastite, principalmente na forma subclínica, que ocorre nos rebanhos. Staphylococcus spp constitui o principal gênero de bactérias causadoras de mastite em bovinos. Objetivou-se com este estudo pesquisar Staphylococcus aureus enterotoxigênicos formadores de biofilmes isolados de bovinos com mastite em rebanhos leiteiros e traçar o perfil de resistência frente à desinfetantes. Foram selecionadas 10 fazendas vinculadas à uma Usina de beneficiamento de leite sob registro federal. Foi realizado o exame físico da glândula mamária e do leite dos animais e, em seguida, realizado o California Mastitis Test. Foram coletadas amostras de 960 animais para o exame microbiológico após antissepsia do óstio dos tetos com álcool 70°GL. No laboratório, alíquotas de 10 μL de leite foram semeadas em ágar sangue ovino a 5% e, em seguida, as placas incubadas a 37°C por 48 horas. Posteriormente, 213 isolados Staphylococcus spp. classificados como fortes e moderados produtores de biofilmes foram selecionados para caracterização quanto ao perfil fenotípico e presença do gene femA para identificação de S. aureus. Destes, foram confirmados 152 isolados, que foram submetidos a detecção de genes capazes de produzir biofilmes (icaA, icaD e Bap), genes que codificam as enterotoxinas (SeA, SeB, SeC, SeD, SeE), e genes relacionados a resistência (Tet(k), Vana). Testou-se a ação de desinfetantes (clorexidine e ácido láctico) utilizados na rotina de ordenha sobre o biofilme em formação e consolidado em 86 destas amostras. Em 84,16% (134/152) das amostras foram constatados o gene BAP, em 78,29% (119/152) o gene IcaD e, em apenas 1,32% (2/152) o gene IcaA. Apenas as enterotoxinas Sec em 17,76% (27/152) das amostras e See em 0,66% (1/152). Foram encontrados genes de resistência TetK em 48,68% (74/152) das amostras. Observou-se resultado satisfatório dos dois desinfetantes testados sobre o biofilme em formação, em 94,2% (81/86) dos isolados submetidos ao clorexidine e 100% dos submetidos ao ácido láctico. Entretanto, para o biofilme consolidado o percentual de ação foi bem inferior, o ácido láctico apresentou baixa eficácia sobre o biofilme já formado, com apenas 3,5% da taxa de redução, enquanto a clorexidine conseguiu reduzir 43% do biofilme consolidado. O efeito dos desinfetantes na redução da adesão de biofilmes foi bastante significativo. Sugere-se a investigação de produtos mais eficazes, que atuem tanto nas células bacterianas livres, como nos microrganismos na forma de biofilmes. |