Linguajando com tecnologias móveis : a metáfora na cognição inventiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Raquel Salcedo
Orientador(a): Maraschin, Cleci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170311
Resumo: O fenômeno metafórico, caro às ciências da linguagem, tem recentemente adentrado também os estudos cognitivos, visto que se tem advogado que a metáfora não ocorre apenas na linguagem, mas constitui processos do pensamento. Argumento aqui que a metaforização articula singularidades que operam na contiguidade entre linguagem e cognição e, nela, na invenção de si e do mundo. Para tanto, um projeto de pesquisa-intervenção foi cartografado, através da criação de um método com retalhos, denominado pat(c)hwork. No projeto, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisas em Ecologias e Políticas Cognitivas (NUCOGS-UFRGS), um jogo digital móvel baseado em localização foi produzido para ser jogado no Parque Jardim Botânico de Porto Alegre, em um contexto não formal de aprendizagem. O jogo foi testado por estudantes do 4º e 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública conveniada com o parque e com o grupo de pesquisa, através de oficinas. O foco cartográfico enfatizou o linguajar como agir humano na linguagem, com especial atenção à hipótese de que o mesmo caracteriza-se também pela metaforicidade. O referencial teórico apóia-se na teoria autopoiética, por meio da concepção de linguagem como linguajar, entrelaçada ao emocionar e ao conversar, compondo redes de conversação; na teoria da enação, mediante a noção de cognição incorporada; na linguística cognitiva, especialmente na teoria da metáfora conceitual, como processo de fabricação e organização que pressupõe a corporeidade; e na cognição inventiva, pela costura dos conceitos de políticas, ecologias e tecnologias cognitivas. Ao cartografarmos retalhos linguageiros de conexões entre os domínios físico e digital, necessários à jogabilidade de um jogo móvel de localização, esperamos contribuir para uma compreensão do fenômeno metafórico como modulador da linguagem e da cognição como ações corporificadas, emergentes e acentradas, processos e produtos de recorrências e recursões operadas no entrelaçamento linguajar-conhecer ao longo do viver.