Em busca do passado esquecido : uma análise dos romances Onde andará Dulce Veigas?, de Caio Fernando Abreu, e Benjamim, de Chico Buarque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Welter, Juliane Vargas
Orientador(a): Araújo, Homero José Vizeu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/117544
Resumo: Entendendo a literatura como palco de exposição de impasses e de (re)elaboração da memória coletiva e individual, esta tese busca analisar a literatura brasileira aliando forma literária e processo histórico-social. Para isso, investigaremos dois romances, Onde andará Dulce Veiga? (1990), de Caio Fernando Abreu, e Benjamim (1995), de Chico Buarque, publicados já na redememocratização mas que dialogam com o nosso passado recente: a ditadura civil-militar. A partir do contraste entre esses romances, procura-se refletir sobre uma sequência na história da literatura brasileira que compreende a emulação de um processo histórico específico: a redemocratização, problematizada a partir de narradores ou protagonistas que rememoram um passado esquecido colocando-se, no presente, como testemunhas culpadas. O movimento argumentativo se orientará a partir das discussões de Roberto Schwarz em “Cultura e Política: 1964-1969” aliando conceitos que nos permitem fazer um traçado panorâmico das relações entre a literatura e o processo histórico, entre eles o nacional-desenvolvimentismo, o romantismo revolucionário, a modernização conservadora, a indústria cultural e o movimento contracultural. Vinculam-se a esses termos categorias como experiência, memória, esquecimento, trauma e testemunho, bem como o ponto de vista da morte e a ciclicidade como forma, dispositivos que contribuem para uma análise estrutural das presentes obras. Intenta-se assim refletir sobre a mediação feita pela literatura contemporânea que olha em retrospecto para o regime autoritário e problematiza a redemocratização, assim como investigar essa literatura entendendo-a como parte de um processo literário específico.