Estratigrafia de alta resolução dos estágios iniciais de rifteamento, Bacia De Sergipe-Alagoas, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kifumbi, Carrel
Orientador(a): Scherer, Claiton Marlon dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/156400
Resumo: A transição entre as duas primeiras fases de rifteamento é caracterizada por um aumento da atividade tectônica e uma reestruturação da bacia. Na Bacia de Sergipe-Alagoas, essa passagem é marcada pela mudança dos sistemas deposicionais e das direções de paleocorrentes entre as Formações Serraria e Feliz Deserto. A sucessão sedimentar estudada pode ser subdividida em três unidades deposicionais que denotam contextos paleogeográficos diferentes. A unidade I, equivalente ao topo da Formação Serraria, é caracterizada por corpos arenosos amalgamados de canais fluviais entrelaçados. A unidade II, correspondente à base da Formação Feliz Deserto, é caracterizada pela intercalação entre associações de fácies de canais fluviais anastomosados e planície de inundação. A unidade III, equivalente à maior parte da Formação Feliz Deserto, é caracterizada por depósitos deltaicos. Os dados de paleocorrentes da unidade I indicam que o depocentro da bacia nessa fase está localizado provavelmente fora dos limites dos atuais estados de Sergipe e Alagoas e a unidade III apresenta um padrão de paleocorrentes polimodal sugerindo influxo sedimentar a partir de vários flancos A baixa quantidade de medidas de paleocorrentes da unidade II não permite tirar conclusões sobre a localização exata do depocentro. A mudança de sistema deposicional e de direção das paleocorrentes sugere que as unidades descritas foram depositadas em diferentes estágios evolutivos de rifte. As unidades I e II foram depositadas em uma ampla bacia rasa durante o Trato de Sistema Tectônico de Início de Rifte (Kuchle e Scherer, 2010) caracterizado por baixa taxa de criação de espaço de acomodação e baixa atividade tectônica. Pode se inferir que esses parâmetros aumentam levemente na unidade II pela preservação de sedimentos finos externos ao canal. A unidade III por sua vez sugere um contexto de bacias mais profundas com alta taxa de criação de espaço de acomodação associada à fragmentação da ampla bacia em meio-grábens distintos. Esse estágio é denominado de Trato de Sistema Tectônico de Desenvolvimento de Meio-Gráben (Kuchle e Scherer, 2010). O contato entre os dois tratos é marcado por uma superfície de inundação indicando que a transição é extremamente rápida e marcada por uma mudança radical na geometria da bacia.