Evolução tectono-estratigráfica dos evaporitos Horizonte e Paripueira na porção alagoana da Bacia de Sergipe-Alagoas e suas implicações na abertura do Oceano Atlântico Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martins, Gabriela Salomão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7140
Resumo: Na Bacia de Sergipe-Alagoas ocorrem três eventos evaporíticos: Horizonte, Paripueira e Ibura. Os dois primeiros, objetos deste estudo, pertencem à fase rifte e são os mais antigos da bacia. Suas ocorrências se restringem a baixos estruturais na porção terrestre da Sub-Bacia Alagoas, cujas áreas de estudo foram os Baixos de Varela e Fazenda Guindaste. Descrições de testemunhos dos evaporitos Horizonte na Formação Coqueiro Seco revelaram que estes consistem unicamente de halita. Os evaporitos Paripueira na Formação Maceió também são formados somente por halita, conforme indicado pelos perfis dos poços analisados. Testemunhos de sedimentos intercalados entre as diversas camadas de sal mostraram depósitos de fluxo gravitacional, com mineralogia e textura imaturas, apontando para deposição sin-tectônica às falhas do rifte em ambiente lacustre. A análise estratigráfica, tanto do Baixo de Varela quanto de Fazenda Guindaste, levaram à identificação de sequências lacustres, com algumas das superfícies de máxima regressão coincidindo com o topo das camadas de sal e a principal superfície de inundação máxima coincidindo com o topo dos folhelhos da Formação Ponta Verde. A interpretação dos dados sísmicos mostrou que os Baixos de Varela e Fazenda Guindaste são semigrabens regionais controlados pelas falhas de borda, de alívio, transversais e antitéticas. Em ambos os casos, os evaporitos são delimitados pelas falhas do rifte, sendo que em algumas há evidência clara de atividade sin-sedimentar com espessamento das camadas de sal. Este tectonismo gerou subsidência suficiente e acentuou a restrição fisiográfica, permitindo a dissecação dos lagos e precipitação dos evaporitos. Restaurações estruturais evidenciaram a relação espacial entre os dois eventos evaporíticos, mostrando que durante a deposição da Formação Coqueiro Seco, o principal local de geração de espaço era o Baixo de Varela, que apresentava condições tectônicas e climáticas propícias para a deposição de sal. Já, durante a deposição da Formação Maceió, a atividade tectônica mais acentuada migrou em direção ao Baixo de Fazenda Guindaste, permitindo a deposição dos evaporitos Paripueira. Por se tratar de tema multidisciplinar, o contexto tectono-estratigráfico dos evaporitos Horizonte e Paripueira não pode ser explicado sob o ponto de vista de uma disciplina isoladamente, de modo que um estudo abrangente de análise de bacias foi conduzido. Os resultados obtidos, mostraram mais evidências suportando a origem continental lacustre destes evaporitos, sem contribuição de incursões do incipiente Oceano Atlântico