Análise sismoestratigráfica de bacias rifte: definição de sismofácies e arcabouço tectono-estratigráfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alvarenga, Renata dos Santos
Orientador(a): Scherer, Claiton Marlon dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139096
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo estabelecer um procedimento metodológico e prático de estudo estratigráfico utilizando dados sísmicos, para bacias rifte, enfocando em análise tectônica e estratigráfica e sismofácies, especificadamente para bacias do tipo rifte. Para isso, foram utilizados os depósitos sedimentares do Grupo Lagoa Feia, Offshore da Bacia Campos, margem continental sudeste brasileira. O Grupo Lagoa Feia é caracterizado por sedimentos siliciclásticos, carbonáticos e evaporíticos depositados durante a fase rifte e pós-rifte. Linhas sísmica 2D, perfis litológico de poços exploratórios e testemunhos serviram como base de dados para suporte a este trabalho. Utilizando os conceitos fundamentais da sismoestratigrafia, padrão de refletores e dados litológico de poços, foram identificadas três sismofácies associados a meio-grabens da fase rifte: Sismofácies 1 (depósito de falha de borda) – tem sua ocorrência encaixada na falha de borda em uma zona ampla e bem definida; Sismofácies 2 (depósito de sedimentos finos) – amplamente identificada e grada lateralmente para a sismofácies 3; Sismofácies 3 (depósito de grainstones e rudstones) – têm ocorrência restrita e de ocorrência errática, tanto em zonas altas da margem flexural, quanto nas zonas profundas próximas do depocentro dos meiográbens analisados. Estas sismofácies identificadas nas linhas sísmica da Bacia de Campos foram transpostas para linhas selecionadas da Bacia de Santos, mostrandose operacional na definição de potenciais reservatórios. Uma quarta sismofácies distinta e de ocorrência pontual foi identificada. Esta sismofácies é caracterizada por forte descontinuidade nos refletores e efeitos de redução de amplitude, sendo identificada como vent hidrotermal. Auxiliado por exemplos da literatura, foram identificadas dez vents hidrotermais caracterizadas como do tipo dome e eye e identificados também, os dutos e corpos intrusivos associados a esta estrutura. Com os conceitos da estratigrafia de sequências adaptados para bacias do tipo rifte, foi proposto um arcabouço crono-estratigráfico que compreendeu unidades representativas de eventos distintos, com suas superfícies limítrofes (superfícies estratigráficas) e por vezes, superfícies funcionais (sem controle estratigráfico preciso). O arcabouço tectono-estratigráfico da sucessão rifte foi subdividido em uma fase prérifte, sin-rifte e pós-rifte. O intervalo sin-rifte foi subdividido com base nos padrões geométricos dos refletores, visto que as sismofácies analisadas não apresentavam padrões de empilhamento reconhecíveis, não permitindo assim definir variações específicas do nível de base relativo. Foram separados três tratos no intervalo sin-rifte da Bacia de Campos (i) Trato de Sistemas de Início de Rifte; (ii) Trato de Sistemas de Alta Atividade tectônica e (iii) Trato de Sistemas de Baixa Atividade Tectônica. Assim, o arcabouço estratigráfico aqui proposto apresenta um padrão evolutivo que compreende reservatórios jamais testados em diversos locais ainda não explorados da Bacia de Campos, facilitando assim campanhas exploratórias futuras.