Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Neves, Renata Oliveira |
Orientador(a): |
Bernardi, Juliana Rombaldi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271312
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Resumo: |
Introdução: As preferências aos sabores dos alimentos são moldadas desde o início da vida, e a introdução da alimentação complementar configura um momento importante para o estabelecimento de aceitação a sabores variados e práticas alimentares saudáveis ao longo da vida. Objetivo: Analisar as preferências alimentares relacionadas aos sabores predominantes entre crianças submetidas a diferentes métodos de introdução da alimentação complementar nos primeiros anos de vida, e avaliar polimorfismos relacionados à sensibilidade aos sabores amargo e doce. Métodos: Ensaio clínico randomizado com mães e seus lactentes, que ainda não houvessem iniciado a introdução alimentar, envolvendo três grupos distintos em relação ao método de alimentação complementar: método tradicional/ Parent-Led Weaning (PLW), Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS); e método Misto: ambas as técnicas PLW e BLISS. Participaram do estudo famílias residentes de Porto Alegre e região metropolitana, de 2019 a 2023. A intervenção ocorreu aos 5,5 meses de vida do lactente. Aos 12 meses, foi aplicado o Questionário de Preferências Alimentares (QPA). Entre 12-35 meses procedeu-se o Teste de Aceitação de Sabores (TAS) e houve coleta de mucosa oral. A genotipagem de genes selecionados ocorreu por meio de PCR em tempo real. Os dados foram analisados por intenção de tratar. As análises principais foram realizadas pelo teste qui-quadrado de Pearson e Regressão de Poisson, ajustada por variáveis confundidoras preconizadas por Directed Acyclic Graph. Resultados: A amostra constituiu-se na randomização de 140 pares mãe-lactente, sendo que 45 (32,1%) foram alocados no grupo PLW, 48 (34,3%) no grupo BLISS e 47 (33,6%) no grupo Misto. Em comparação ao método PLW, a preferência por alimentos predominantemente azedos foi estatisticamente diferente do método Misto, (RP 1,23, IC 95% 1,034-1,466, p=0,02). Houve associação entre o consumo das soluções e suas respectivas reações hedônicas na maioria das soluções ofertadas (p<0,001 no sabor doce, p=0,029 no sabor azedo, p=0,005, no salgado, p=0,026 no umami e p=0,811 no amargo). Além disso, as preferências relacionadas ao sabor amargo se associaram à aceitação da solução com o mesmo sabor (RP 1,12, IC 95% 1,002-1,246, p=0,046). Em relação aos polimorfismos genéticos, o tempo de aleitamento materno exclusivo foi associado ao rs35744813 (p=0,039), e o tipo de leite consumido aos 12 meses de vida obteve associação com rs9701796 (p=0,022) e com o número de polimorfismos relacionados à sensibilidade ao sabor doce (p=0,013). Quanto ao QPA, houve associação entre o polimorfismo rs35744813 com a preferência a alimentos de sabor azedo (p=0,040), e entre rs846672 com preferência a alimentos de sabor umami (p=0,042). Relativo ao TAS, a reação do lactente ao sabor amargo esteve associada ao rs9701796 (p=0,021), ao rs307355 (p=0,008) e na contagem de polimorfismos relacionados à sensibilidade ao sabor doce (p=0,037); além da reação ao sabor azedo estar associada à contagem de polimorfismos relacionados à sensibilidade ao sabor amargo (p=0,048). Conclusões: As preferências alimentares estão relacionadas à aceitação dos sabores, e o método de alimentação complementar pode influenciar nas preferências aos mesmos. Ademais, os polimorfismos genéticos podem atuar na aceitação e preferência aos alimentos, de acordo com seu sabor predominante. |