Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Sheila Lima |
Orientador(a): |
Pereira, Nilton Mullet |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213526
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Resumo: |
Essa dissertação trata sobre o ensino de História através da perspectiva da pedagogia decolonial. Tem como principal objetivo pensar a aula e o currículo de História abertos às histórias e às memórias das pessoas que vivem em áreas segregadas das cidades. Nesse sentido, proponho alternativas que visem auxiliar na criação de relações de reconhecimento e pertencimento entre sujeitos dos grupos invisibilizados que vivem em regiões de conurbação entre Porto Alegre, no bairro Lomba do Pinheiro e Viamão. Além disso, pretendo contribuir para o fortalecimento de saberes e formas de resistências locais como estratégias de lutas políticas. Considero que a aula de História consiste em espaço de trânsito dos saberes e das lutas da comunidade, problematizando os apagamentos e os silenciamentos produzidos pela História eurocentrada. Para atender a essa proposta utilizei a metodologia da pesquisa bibliográfica de autores que adotam a perspectiva da decolonialidade, como Walter Mignolo, Aníbal Quijano e Catherine Walsh. Para tratar sobre o ensino de História considerei autores como Circe Bittencourt e Carmem Gil, dentre outros, considerando as relações do ensino de História com a história das populações silenciadas e os temas sensíveis. Ao menos duas conclusões foi possível se tirar ao término desse trabalho: Primeiro, embora muitas pessoas tenham se dedicado a propor modificações no ensino de História, visando atender as perspectivas de acesso universal ao ensino, ainda estamos “engatinhando” quando o assunto é colocar em prática uma aula onde o discurso fuja da matriz colonizada do poder, saber e ser. Segundo, podemos perceber o envolvimento dos alunos nas atividades desenvolvidas ao longo do ano, sendo críticos e propositivos diante de propostas de intervenções não só nas aulas mas também nos problemas relativos à melhoria na qualidade dos serviços básicos oferecidos à população local. Como resultado dessa proposta é apresentado um projeto interdisciplinar envolvendo as disciplinas de História, Geografia, Educação Artística e Educação Física, desenvolvido com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola municipal da cidade de Viamão, localizada no estado do Rio Grande do Sul. A partir do documentário do Mestre Borel e as questões referentes à territorialidade, os alunos produziram esquetes teatrais representando as formas de resistência e protagonismo nas relações referentes a vivência nas regiões segregadas da cidade. |