Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Forechi, Marcilene |
Orientador(a): |
Wortmann, Maria Lúcia Castagna |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/182457
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Resumo: |
Nessa tese discutiu-se a produção de identidades femininas em comentários produzidos no Facebook. A pesquisa foi desenvolvida sob inspiração dos Estudos Culturais em Educação em articulação com os Estudos de Comunicação e os Estudos de Gênero. Identidade e gênero foram conceitos centrais no desenvolvimento dessa investigação, na qual se argumenta que as representações de identidades femininas colocadas em destaque nesse ambiente digital atuam na produção de significados sobre o universo tido como feminino. Considerou-se que os comentários analisados se inserem em uma lógica comunicacional e cultural peculiar à cultura da conexão (JENKINS et al, 2015). O conceito de gênero, abordado a partir de estudos conduzidos por Scott (1995), Meyer (2004) e outros autores, foi entendido como um organizador social das diferenças sexuais e como um “saber que estabelece significados para as diferenças corporais” (VÁSQUEZ, 2017). Foram analisados comentários postados nas páginas do Portal G1 e do Jornal Zero Hora, no Facebook, relativos às hashtags #EnemFeminista, #VaiTerShortinho e #belarecatadaedolar. Os comentários foram abordados como práticas culturais e o Facebook, como um artefato cultural. Maternidade, Violência e Empoderamento Feminino foram temas recorrentes nos comentários e para examiná-los foram definidas três categorias centrais intituladas: Mulher-Mãe, Mulher-Objeto e Mulher-Empoderada. Na abordagem Mulher-Mãe, percebeu-se como a maternidade é ainda configurada como um importante elemento identitário nas representações que circulam sobre feminilidades; na categoria Mulher- Objeto, focalizou-se a violência como um dos aspectos que reificam, de várias formas, as identidades femininas; já na categoria Mulher-Empoderada, considerou-se ter ocorrido a ampliação do campo discursivo relativo às atuações femininas, potencializada pelas mídias digitais e pelos usos que as mulheres passaram a fazer desses espaços, com discussões que integram a chamada quarta onda do feminismo, como, por exemplo, o assédio e a cultura do estupro. Cabe ainda indicar que perpassam os comentários analisados, menções a regras morais e a padrões de conduta que reafirmam interdições de várias ordens para as mulheres e reforçam antigos estereótipos. |