Sílica nanoestruturada contendo triancinolona acetonida : aplicação no desenvolvimento de filmes orais por impressão 3D

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Schmidt, Lais Maltha
Orientador(a): Beck, Ruy Carlos Ruver
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258619
Resumo: O uso de glicocorticóides sintéticos, dentre eles a triancinolona acetonida (TA), é amplamente difundido no tratamento de lesões orais devido a sua ação no alívio de sintomas. A TA é um fármaco classificado como Classe IV no BCS, apresentando baixa solubilidade em água e baixa permeabilidade. A nanoencapsulação pode ser uma estratégia interessante para o uso tópico da TA, superando os desafios da administração na mucosa oral. Sílicas nanoestruturadas, como o SBA-15, são plataformas inorgânicas altamente porosas que hospedam o fármaco em seus nanoporos, aumentando a sua solubilidade aparente. Portanto, o objetivo deste estudo foi desenvolver uma formulação de sílica mesoporosa nanoestruturada do tipo SBA-15 carregada com TA e avaliar sua incorporação em filmes poliméricos, empregando uma técnica de impressão 3D a partir de hidrogéis. A SBA-15 foi sintetizada e sua microestrutura caracterizada como morfologia de bastonete e arranjo de poros hexagonal. A incorporação do fármaco foi determinado por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e análise termogravimétrica (TGA), encontrando-se carga de fármaco de 6,70% e 6,61%, respectivamente. Houve redução da área superficial específica e volume de poro da SBA-15 após incorporação do fármaco à sílica mesoporosa. Embora altamente disperso na formulação, uma porção do fármaco ainda foi encontrada na forma cristalina. Os estudos de liberação in vitro da TA a partir da formulação SBA-TA (dispersa em meio de liberação), sua solução em solvente orgânico e sua suspensão em meio aquoso foram realizados empregando a técnica do saco de diálise. Os perfis de liberação da TA a partir da SBA-TA e da TA em solução foram similares, atingindo 100% de fármaco liberado/difundido em 12 h. O filme impresso a partir do hidrogel contendo carboximetil celulose e SBA-TA apresentou uma liberação in vitro do fármaco de 100% após 12h. Além disso, a presença de SBA-TA no filme aumentou sua propriedade mucoadesiva. Esses dados indicam que este é um protótipo promissor para a aliança entre impressão 3D e nanomateriais no desenvolvimento de formas farmacêuticas com potencial de customização e maior aceitação pelo paciente.