Impressão 3d de hidrogéis poliméricos com propriedades antifúngica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Reginatto, Camila Leites
Orientador(a): Soares, Rosane Michele Duarte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282268
Resumo: Infecções fúngicas representam um problema para a saúde, especialmente devido à resistência medicamentosa. Neste sentido, a adequação de biomateriais biocompatíveis e biodegradáveis capazes de carrear fármacos são uma alternativa promissora. Hidrogéis são reconhecidos carreadores de fármacos capazes de interagir com o ambiente biológico promovendo adesão e crescimento celular. A aplicação de hidrogéis como tinta de impressão 3D apresenta uma alternativa de tratamento personalizável, além de apresentar aumento da superfície de contato e liberação de fármaco através dos arcabouços projetados. Com esta finalidade, foram desenvolvidos hidrogéis à base de quitosana e gelatina com incorporação de líquidos iônicos contendo fluconazol, para impressão 3D, visando uma alternativa ao tratamento de infecções fúngicas provocadas por Candida Albicans. Os hidrogéis foram impressos por manufatura aditiva de semissólidos (impressão 3D SSE) e reticulados com genipina para melhoria das propriedades mecânicas. A caracterização reológica realizada por ensaios de curva de fluxo e reologia oscilatória demonstrou que os hidrogéis possuem perfil pseudoplástico e tixotrópico. Os espectros de FTIR-ATR não demonstraram bandas relacionadas a reticulação covalente dos hidrogéis com genipina, porém através da deconvolução das bandas referentes a aminas secundárias e amidas, foi possível averiguar que quanto maior a razão entre as áreas, maior a reticulação obtida. A reticulação com genipina e acarretou em aumento da temperatura para a transição vítrea (Tg) dos hidrogéis, enquanto que a adição de líquidos iônicos promove o decréscimo da Tg. A adição de líquidos iônicos altera as interações existentes entre a matriz polimérica e o reticulante, promovendo interferências no grau de reticulação. Os hidrogéis demonstraram menor grau de inchamento quanto maior a adição de genipina, porém, maior estabilidade durante o ensaio. Já a presença do líquido iônico incrementou o grau de intumescimento e reduziu a estabilidade em meio aquoso. O ensaio mecânico de compressão demonstrou que a adição de genipina promoveu melhoria das características mecânicas do hidrogel. Quanto aos ensaios antimicrobianos, hidrogéis contendo genipina demostraram interessante resultado frente a Candida albicans, impedindo seu crescimento em sua superfície, enquanto que a adição de líquidos iônicos demonstrou a inibição do crescimento fúngico através da formação de halos. A adição de genipina promoveu melhor viabilidade celular na superfície dos hidrogéis, enquanto que, a adição de líquidos iônicos, diminui a viabilidade. Contudo, a impressão 3D de hidrogéis a base de quitosana e gelatina com incorporação de líquidos iônicos e reticulados por genipina se apresenta como uma alternativa para o tratamento de infecções fungicas ocasionadas por C. albicans.