Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pires, Alexandre Bica |
Orientador(a): |
Mutz, Andresa Silva da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279170
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Resumo: |
Nesta dissertação são analisadas as formas como o jornalismo digital brasileiro enuncia discursos de ódio durante os dois primeiros anos da pandemia da COVID-19. O objetivo principal é direcionar a atenção para a análise do discurso jornalístico, especialmente no que diz respeito ao tratamento de situações hostis e polêmicas, caracterizadas como discursos de ódio, bem como suas considerações acerca dos impactos dessas hostilidades na sociedade. O referencial teórico utilizado está alinhado à perspectiva pós-moderna dos Estudos Culturais. Michel Foucault, Stuart Hall, Michel Maffesoli e Rosa Fischer contribuem para a compreensão do mundo e da produção de sujeitos na contemporaneidade, especialmente na era da tecnologia e da diferença. O conceito de governamentalidade neoliberal fascista, desenvolvido por Kamila Lockmann, juntamente com as noções de necropolítica e sociedade da inimizade, introduzidas por Achille Mbembe, desempenham um papel crucial nesta investigação, oferecendo um maior entendimento do fenômeno dos discursos de ódio. O material empírico selecionado para a pesquisa consiste nas publicações do jornalismo digital brasileiro, ocorridas durante os dois primeiros anos da pandemia da COVID-19, que tratem do tema discurso de ódio. Seleciono a empiria com base nas plataformas de notícias online que aparecem de forma mais recorrente. Os resultados da pesquisa revelam três formas de como o jornalismo digital enuncia discursos de ódio durante o período histórico em análise. Inicialmente, ele associa os discursos de ódio à questão da diferença, com ênfase nos ataques a grupos historicamente discriminados. Em seguida, ele explora as dinâmicas de produção e divulgação dos discursos de ódio na sociedade, tendo em vista as principais pautas sobre o tratamento desse assunto, expressas por indivíduos, organizações sociais e plataformas digitais. Por fim, o jornalismo digital adota uma postura educativa, com ênfase na conscientização das pessoas a respeito dos efeitos e das implicações legais dessas práticas discursivas e na exploração do debate entre liberdade de expressão e discursos de ódio. |