Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cossa, Segone Ndangalila |
Orientador(a): |
Leal, Ondina Maria Fachel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115768
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Resumo: |
Em Moçambique, as discussões sobre equidade de gênero e inserção das mulheres no espaço público têm ocupado cada vez mais lugar de destaque na sociedade. Motivados pela democracia (realidade recente) e pelos acordos ratificados pelo governo do país, homens e mulheres de diferentes quadrantes da sociedade desenvolvem estudos de natureza diversa, mostrando que apesar de existir um esforço por parte do governo e seus parceiros, agências multilaterais de desenvolvimento, ONGs e outras instituições da sociedade civil, a emancipação da mulher em diferentes áreas continua aquém das expectativas e dos investimentos empreendidos por estes. Amiudadas vezes os discursos que sustentam tais estudos acabam atribuindo aos preceitos e às práticas culturais “nativas” a responsabilidade pelo insucesso do governo e seus parceiros no combate à desigualdade de gênero, afirmando que tais preceitos e práticas nativas, reproduzem velhas estruturas de poder patriarcal. Esta pesquisa, sobre os ritos de iniciação feminina na região matrilinear do Norte de Moçambique, problematiza e torna complexa a visão que reduz as relações de gênero à dominação masculina. Através de processos endógenos de corporificação da memória e saberes comunitários por parte de mulheres nos ritos de iniciação feminina, a pesquisa mostra como essas mulheres estruturam o seu cosmo circundante, definem papéis sociais, constroem noções sobre corpo e sexualidade, colocando-se, através de saberes e experiências disseminadas nos ritos de iniciação, numa posição onde se afirmam como sujeitos sócio-históricos nas suas comunidades. |