Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Segabinazi, Ethiane |
Orientador(a): |
Marcuzzo, Simone |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/157934
|
Resumo: |
Períodos específicos do desenvolvimento (incluindo os períodos pré-concepção e pré-natal) são altamente vulneráveis a modificações do ambiente, como a dieta e o estresse. Portanto, o estilo de vida dos pais influencia na saúde dos filhos. Entre os inúmeros benefícios do exercício físico, estudos pré-clínicos têm relacionado a prática de atividade física durante a gestação a um melhor desempenho cognitivo da prole, o que também foi visto no único estudo que investigou a prática de atividade física paterna sobre esse parâmetro. Nesse contexto, este é o primeiro estudo até então delineado para investigar como a atividade física parental (ambos os progenitores) pode influenciar o nível de estresse materno, o desenvolvimento sensório-motor, a memória espacial e a plasticidade sináptica no hipocampo da prole, o que confere relevância e originalidade a pesquisa. Todos os procedimentos realizados neste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética da UFRGS (27587). Nove ratos Wistar machos e treze fêmeas adultos foram divididos em 2 grupos: sedentários ou exercitados. O protocolo de exercício físico forçado para os ratos machos ocorreu previamente ao acasalamento e consistiu em corrida em esteira ergométrica adaptada para ratos na velocidade de 5 m/min, 20 min/dia (60 % VO2 máx), 5 dias consecutivos/semana em um período total de 22 dias. Após a confirmação do acasalamento, parte das ratas prenhas foram submetidas ao protocolo de exercício no período gestacional, a uma velocidade de 6,6 m/min (30 % VO2máx), 20 min/dia, 5 dias consecutivos/semana, durante toda a gestação. Os filhotes machos foram divididos em quatro grupos conforme a realização ou não da atividade física parental: (1) filhotes de pais sedentários e mães sedentárias no período gestacional (SS); (2) filhotes de pais sedentários e mães exercitadas no período gestacional (SE); 3) filhotes de pais exercitados e mães sedentárias no período gestacional (ES); (4) filhotes de pais exercitados e mães exercitadas durante a gestação (EE).Uma semana após o desmame (P21), as mães foram decapitadas e as suas glândulas adrenais foram retiradas e pesadas como medida de estresse. O peso corporal dos filhotes foi analisado no dia de seu nascimento (P0), P7, P14 e P53 (previamente a perfusão transcardíaca). Do P1 ao P21, o desenvolvimento sensório-motor dos animais foi avaliado diariamente por meio da avaliação de marcos do desenvolvimento (n: 11-13 animais por grupo). Entre P47 e P51, a aprendizagem e a memória espacial dos filhotes foi avaliada utilizando o labirinto aquático de Morris (n: 4 - 9 animais por grupo). A análise da proteína sinaptofisina na região do hilo do giro denteado do hipocampo foi realizada a partir de imunomarcações e por meio de densitometria óptica (n: 4 - 5 animais por grupo). Não houve diferença entre os grupos experimentais quanto ao peso absoluto ou relativo das glândulas adrenais das mães, peso corporal dos filhotes, dia de apresentação de cada marco do desenvolvimento, desempenho no teste do labirinto aquático de Morris e conteúdo de sinaptofisina no hipocampo da prole. Esses resultados sugerem que o protocolo de exercício físico parental empregado em nosso estudo não gera estresse materno significativo, não tem efeito sobre o desenvolvimento físico e sensório-motor, a memória espacial e também não altera a expressão de sinaptofisina no hipocampo de filhotes de ratos Wistar. |