Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sosa, Milton Quintana |
Orientador(a): |
Henriques, João Antonio Pêgas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250249
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Resumo: |
Durante as atividades de soldagem, muitos compostos são libertados, e vários destes causam stress oxidativo e inflamação, e alguns são considerados cancerígenos. De fato, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) estabeleceu que os fumos de solda são cancerígenos para os seres humanos. A exposição aos gases de soldagem no local de trabalho é comum em vários setores do mundo. Estes gases contêm partículas de consistência metálica, que são liberados devido às altas temperaturas de fusão e ficam suspensos no ar na forma de óxidos metálicos. Esta exposição pode causar doença pulmonar crônica, doenças neurológicas e até o câncer. Partindo do pressuposto de que a exposição ocupacional é um fator de risco epidemiológico relevante, a IARC alerta sobre os riscos para os soldadores. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a exposição ocupacional destes trabalhadores utilizando biomarcadores de genotoxicidade e a influência dos polimorfismos nos genes de reparação XRCC1 e XRCC3 e de metabolismo OGG1, GSTM1 e GSTT1. Além disto, buscou-se correlacionar os efeitos com os elementos inorgânicos no sangue e na urina, bem como a análise elementar por microscopia eletrônica dos metais encontrados no ambiente de trabalho (SEM-EDS). Os resultados do presente estudo mostraram um aumento significativo na frequência de micronúcleos (MN), pontes nucleoplasmáticas (NPB), broto nuclear (NBUD), células necróticas (NECR) e apoptóticas (APOP), pelo teste de micronúcleos com bloqueio de citocinese (CBMN-Cyt), bem como aumento no comprimento do telômero (TL) dos indivíduos expostos. O genótipo XRCC1 399 Gln/- demonstrou ser um genótipo de risco na formação de NPB, e XRCC1 194 Trp/- na morte celular. Indivíduos expostos com o XRCC3 241 Thr/- demonstraram aumento na frequência de MN, mostrando ser um genótipo de risco para este biomarcador. Além disto, os indivíduos expostos com o genótipo nulo GSTM1 demonstraram uma frequência significativamente maior de MN e NECR do que os não-nulos; e o genótipo nulo GSTT1 demonstrou uma frequência significativamente maior de APOP do que o não nulo. Também neste estudo, quanto aos indivíduos não expostos, ambos os genótipos nulos demonstraram ser um fator de risco para 9 NPB e APOP. Pelo método PIXE, foram observadas maiores concentrações de Cr, Fe e Cu na urina, e Cr, Fe, Mg, Al, S e Mn no sangue do grupo exposto. Além disso, foi observada uma correlação significativa entre MN e idade e entre NPB e tempo de serviço. A análise de composição das partículas mediante SEM-EDS revelou Fe, Mn e Si associados a partículas menores que 2 μm; essas partículas têm a capacidade de aderir umas às outras e formar aglomerados. Em conclusão, a mistura de componentes que são gerados durante a soldagem, constituída por gases como ozônio, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono e fumos metálicos, incluindo Fe, Mn, Si, leva a danos significativos no DNA e processos de morte celular que podem ser influenciados por variações individuais de metabolismo e reparo do DNA. Portanto, é muito importante uma vigilância biológica efetiva desses trabalhadores, levando-se em consideração o entendimento dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento das patologias ocupacionais típicas desses indivíduos. |