Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Rafael Steffens |
Orientador(a): |
Knauth, Daniela Riva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213432
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Dados do Ministério da Saúde estimam que 66% das 900 mil pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil registraram dispensação de medicamentos antirretrovirais em 2018. Dessas, 17% estavam em baixa adesão e 8% abandonaram o tratamento até 2019. Aderir ao tratamento antirretroviral (TARV) é um processo complexo e diversos fatores, além de características como fatores sociodemográficos dos pacientes, podem impactar na adesão. OBJETIVO: Analisar como eventos clínicos e sociais podem impactar na adesão ao tratamento antirretroviral para o HIV. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de coorte com 528 pacientes que realizaram o tratamento para o HIV em um Serviço de Assistência Especializada (SAE) em um município no sul do Brasil. Foram analisadas 3429 consultas realizadas entre os anos de 2004 a 2017. Para cada consulta, foram coletados dados clínicos e do tratamento dos pacientes. Buscou-se avaliar o efeito de determinados fatores pontuais sobre a adesão ao TARV. A adesão, aferida pelo autorrelato dos pacientes em cada consulta, foi o desfecho do estudo. O modelo de regressão logística, via Equações de Estimação Generalizadas (GEE), foi usado para estimação das associações. RESULTADOS: Sobre as características dos pacientes da amostra, 67,8% possuem até 8 anos de estudo e cerca de 24,8% dos pacientes têm histórico de uso de drogas como crack e/ou cocaína. Entre os homens, verificou-se aumento nas chances de adesão nas consultas em que os pacientes estavam assintomáticos (RC = 1,43; IC 95% 1,05 – 1,93). Também aumentaram as chances de adesão possuir mais de 8 anos de estudo (RC = 2,32; IC 95% 1,27 – 4,23) e não apresentar histórico de uso de crack (RC = 2,35; IC 95% 1,20 – 4,57). Entre as mulheres, ter mais de 24 anos de idade (RC = 1,82; IC 95% 1,09 – 3,02), nunca ter usado cocaína (RC = 2,54; IC 95% 1,32 – 4,88) e estar em gestação (RC = 3,28; IC 95% 1,83 – 5,89) estiveram associados à adesão. CONCLUSÃO: Além de características sociodemográficas definidas, eventos pontuais que podem ocorrer na trajetória de pacientes em tratamentos 11 longos, como início de uma nova gestação e não apresentar sintomas, podem impactar nas chances de adesão dos pacientes ao TARV. |