Efeitos de dois modelos de treinamento de hidroginástica nas respostas cardiorrespiratórias e na força de mulheres idosas : um ensaio clínico randomizado controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Kanitz, Ana Carolina
Orientador(a): Kruel, Luiz Fernando Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/127331
Resumo: A procura crescente por atividades aquáticas tem estimulado o aumento de estudos nessa área objetivando uma melhor prescrição para diferentes populações. A hidroginástica, em específico, tem sido amplamente indicada para a população idosa, devido aos seus inúmeros benefícios já documentados, principalmente na força muscular e nas respostas cardiorrespiratórias. Entretanto, ainda não se sabe qual o modelo ideal para essas melhoras, visto que as metodologias utilizadas são muito distintas entre os estudos. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de dois modelos de treinamento de hidroginástica nas respostas cardiorrespiratórias e na força de mulheres idosas. Para tanto, participaram do estudo 69 mulheres idosas e sedentárias (60-75 anos) que foram divididas nos dois grupos de treinamento e no grupo controle: grupo de hidroginástica aeróbio (GA, n=23), grupo de hidroginástica de força (GF, n= 23) e grupo controle de relaxamento em imersão (GC, n=23). As intervenções tiveram uma duração de 10 semanas e foram realizadas sessões de 45 minutos duas vezes por semana. Antes e após esse período foram realizadas duas sessões de avaliações, sendo uma destinada aos testes de força muscular dinâmica máxima e outra para as avaliações cardiorrespiratórias em repouso e em máximo esforço. Para análise estatística utilizamos a Generalized Estimating Equations (GEE), com teste post hoc de Bonferroni (α=0,05). Os resultados demonstraram uma diminuição significativa da pressão arterial sistólica (GA: - 4%; GF: -6%; GC: -5%) e diastólica (GA: -1%; GF: -7%; GC: -6%) de repouso para todos os grupos avaliados, sem diferenças entre eles. A frequência cardíaca de repouso, no segundo limiar ventilatório e de pico não modificaram com as intervenções realizadas. Em contrapartida, o GA apresentou aumentos significativos no consumo de oxigênio no segundo limiar ventilatório (17%) e de pico (14%) e esse comportamento não foi observado nos demais grupos avaliados. Em relação à força muscular, todos os grupos apresentaram um aumento significativo da força dinâmica máxima de extensão de joelho sem diferenças entre eles (GA: 11%; GF: 8%; GC: 5%), a força dinâmica máxima de flexão de joelho aumentou no GA (14%) e no GF (18%) e, por fim, a força de flexão horizontal de ombro não apresentou diferenças significativas após as intervenções realizadas. Assim, concluímos que as três intervenções realizadas demonstraram melhoras significativas na pressão arterial de repouso. O treinamento de força na hidroginástica proporciona aumentos significativos na força muscular de membros inferiores. Por fim, o treinamento aeróbio na hidroginástica parece ser um modelo de treino efetivo tanto para aumentos na força muscular de membros inferiores quanto para melhoras nas respostas cardiorrespiratórias de mulheres idosas sedentárias.