Associação entre periodontite crônica, perda dentária e marcador inflamatório de doenças cardiovasculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zanella, Silvia Maria
Orientador(a): Rösing, Cassiano Kuchenbecker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179880
Resumo: Periodontite crônica e perda dentária tornaram-se ferramentas úteis para estudar a hipótese de que a infecção/inflamação aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Tem se demonstrado que a periodontite e suas consequências (perdas dentárias) têm o poder de elevar os marcadores inflamatórios sistêmicos, incluindo a proteína C-reativa, a qual é uma proteína aguda plasmática que é reconhecida como um preditor de infarto e se encontra aumentada em infecções. Com base no entendimento que o processo inflamatório sistêmico é o fator ligante entre as duas condições, o objetivo deste estudo foi analisar a associação entre edentulismo, perda dentária e parâmetros clínicos de periodontite crônica com inflamação sistêmica medida através de níveis de proteína C-reativa. Este estudo transversal controlado faz parte de um macro-projeto do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul que num estudo tipo consórcio incluiu 130 pacientes que receberam indicação para realizar cineangiocoronariografia. Os pacientes selecionados foram examinados entre dezembro de 2016 e outubro de 2017 e passaram por exame periodontal completo constando de índice de placa visível (IPV), sangramento à sondagem (SS), perda de inserção (PI), profundidade de sondagem (PS) em todos os dentes presentes nos seis sítios e também coletado o número de dentes perdidos e coleta de exames sanguíneos. A amostra foi dividida em 2 grupos: edêntulos (24,6%) e dentados (75,3%), sendo que maioria era homens (67,7%), com idade média de 63,30(±10,7) brancos (80%), com educação fundamental (70%), sedentários (62%), diabéticos (52%), hipertensos (74%) e com pelo menos um evento cardiovascular anterior (52%). As médias ± desvio-padrão de PS foram de 3,36±1,25; para PIos valores foram de 5,42±1,85; IPV médio de 0,39±0,25; e SS médio de 0,34±0,23, com uma média de 13,44±7,95 dentes. No modelo de regressão logística observou-se o efeito independente da perda dentária após ajustada para fumo e sexo. Conclui-se que a perda dentária está associada a incremento do risco cardíaco medido por inflamação sistêmica.