Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pelicciolli, Patrick Deconto |
Orientador(a): |
Tschiedel, Rosemarie Gärtner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206088
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Resumo: |
Esta dissertação tem por proposta cartografar processos, bem como acompanhar as modulações e ressonâncias daquilo que este autor denomina ética-estética beat, tomando esta noção como analisador e acontecimento que se atualiza nas práticas humanas do nosso tempo. A literatura beat, mais do que uma cena ou geração, passa a ser reapropriada enquanto experiência que persevera no contemporâneo, enquanto afirmação de uma ética e de uma estética. A Geração beat na sua fundação um tanto mítica compreende uma gama variada de personagens, sendo eles das mais variadas estirpes. Muitos deles escritores, pintores, artistas de um modo geral, e outros apenas vagabundos, boêmios, desajustados de todo tipo. Seus artífices foram jovens estadunidenses de classe-média, muitos deles próximos ao ambiente acadêmico, entusiastas do que havia de mais vanguardista no terreno das artes e literatura. A partir de uma livre apropriação ensaística de elementos históricos e literários que engendraram a ascensão dessa Cena enquanto acontecimento sociopolítico, objetiva-se através deste conjunto de ensaios, captar alguns aspectos emblemáticos do modus vivendi beat que de alguma maneira rompem com pilares importantes daquilo que chamo de projeto moderno de sociedade, sem deixar de analisar os modos com que as malhas da produção de subjetividade capitalística passam a assimilar tal intensidade rebelde, modulando assim sua cadência. Nesse sentido, buscaremos visualizar algumas linhas, puxadas por uma série de teóricos contemporâneos, que apontam para as diferentes estratégias de captura empreendidas pelo capitalismo nos seu estágio pós-industrial. Evitando cair na sedução da dicotomização de experiências complexas e multifacetadas, interrogo-me se a potência disruptiva avassaladora empreendida pela máquina literária beat, até então uma ameaça para a ordem estabelecida, na verdade, emergiria também como prenúncio de uma nova época para o capitalismo ocidental, amplamente calcado na incitação ao individualismo, ao hedonismo e à criatividade, características tão presentes no modo de vida dos beats. |