A importância do inconsciente na vida política de massas : a pesquisa psicanalítica do discurso fascista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Bryan Menger dos
Orientador(a): Damico, José Geraldo Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263432
Resumo: Nos rumos dessa dissertação, aborda-se como objetivo central as possibilidades de compreensão do discurso fascista através do edifício teórico da psicanálise. Em razão do emprego polissêmico da noção de fascismo, tanto no campo das ciências políticas, como no senso comum, primeiramente é colocada em prática uma discussão conceitual sob os vieses de diversas escolas de pensamento, as quais, ora dialogam entre si, ora repelem-se umas as outras. Empenha-se para valorizar as heterogeneidades de interpretação que constituem a experiência política, sem operar um movimento de captura do fascismo dentro de um significante despótico e invariável que o restrinja a certos agenciamentos conceituais de enunciação. Diversas tradições psicanalíticas e/ou pós-psicanalíticas são convocadas para orquestrarem a dinâmica metapsicológica do discurso fascista, partindo da mito-política dos arcaísmos latentes que condicionam os vínculos sociais na abordagem freudiana, passando por autores atravessados pela teoria marxista como Reich, Bataille e Adorno, até a chegada na micropolítica do desejo em Deleuze e Guattari. Ademais, questiona-se o suposto ineditismo dos regimes fascistas – o seu caráter sui generis – a partir da aproximação com pensadores da tradição decolonial, questionando principalmente, a produção de uma desmentida de proporções epistemológicas em relação a suposta antítese entre modernidade e colonialidade.