O fascismo para os colonos: Il Giornale Dell’Agricoltore e a divulgação do fascismo entre italianos e seus descendentes no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Marmentini, Paulo Afonso Lovera
Orientador(a): Elmir, Cláudio Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3966
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a divulgação e a representação do fascismo nas páginas do Il Giornale dell’Agricoltore, periódico de circulação semanal entre os anos de 1934 e 1938, com sede no município de Caxias, Rio Grande do Sul. Procurou-se identificar alguns atributos estruturais do fascismo que possam, intencionalmente, ter sido explorados com mais ênfase que outros no intuito de divulgar e propagandear a ideologia fascista entre colonos, pequenos proprietários de terra de origem italiana no Rio Grande do Sul. Buscou-se ainda estabelecer um paralelo entre a política externa italiana com relaçao a seus cidadãos no exterior, bem como a política dos consulados italianos e demais órgãos de difusão do fascismo no exterior, como fasci all’estero, dopolavoro, associações e escolas, e o noticiário do jornal, de modo a identificar também as manifestações do fascismo na região da serra gaúcha. Com isso, pode-se estabelecer que o eixo da propaganda fascista no jornal girava em torno da divulgação de uma imagem idealizada de uma Nova Itália, modernizada e unida em torno de seu líder; do reforço da italianidade, associada diretamente ao fascismo; e da representação do agricultor como elemento catalisador das qualidades relacionadas à italianidade. Pode-se identificar também o período relativo à questão ítalo-abissínia como o auge da propaganda do fascismo, apresentando a Itália de Mussolini como país símbolo da civilização em contraponto à barbárie africana.