Sífilis em gestantes e o tratamento do parceiro sexual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dallé, Jessica
Orientador(a): Jimenez, Mirela Foresti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/159600
Resumo: Introdução: A sífilis em gestantes é um problema de saúde pública, com casos crescentes a cada ano. O tratamento do parceiro sexual da gestante com sífilis, é de suma importância, pois a falta de tratamento deste pode invalidar todas as medidas de controle instituídas durante o cuidado pré-natal. Objetivo: Descrever a ocorrência de tratamento do parceiro sexual e avaliar fatores maternos que favorecem a realização do tratamento do parceiro sexual das gestantes com sífilis gestacional atendidas no Hospital Fêmina (HFE). Método: Estudo transversal descritivo onde foram descritos os casos de pacientes com diagnóstico de sífilis gestacional atendidas no Serviço de Obstetrícia do HFE no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2014, e seus respectivos parceiros. A coleta de dados foi realizada através dos dados encaminhados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Fêmina à Vigilância em Saúde do Município de Porto Alegre em sífilis, em conjunto com os prontuários das pacientes estudadas. O projeto teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição com protocolo de número 47914815.2.0000.5530. Resultados: Foram identificados 771 casos de sífilis em gestantes, e desses 570 não tinham informações sobre o tratamento do parceiro sexual da gestante. Dos 201 casos de gestantes com informações sobre o tratamento do parceiro sexual, 25 (12,44%) parceiros foram adequadamente tratados. Na análise univariada comparando gestantes com parceiros tratados para sífilis e não tratados, identificaram-se características associadas à ocorrência de tratamento adequado do parceiro em relação a mulheres que apresentaram sífilis gestacional: a) mais de oito anos de estudo (p=0.022), b) acompanhamento pré-natal adequado (p=0.010) e diagnóstico da sífilis no pré-natal (p=0.003). Conclusão: Escolaridade, diagnóstico precoce de sífilis, e a realização de pré-natal adequado parecem ser fatores determinantes para o adequado tratamento do parceiro e prevenção da transmissão vertical da doença.