Glicerina bruta na alimentação de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Wilbert, Cássio André
Orientador(a): Prates, Enio Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/67542
Resumo: Foram realizados dois ensaios com o objetivo de avaliar a glicerina bruta (GLB) como alimento energético alternativo e como aditivo precursor da gliconeogênese. No primeiro foram utilizadas oito vacas no terço médio de lactação, em um quadrado latino duplo, com uma inclusão de 0, 4, 8 ou 12% de GLB na dieta. Foram avaliadas a produção e a composição do leite, consumo de alimentos, digestibilidade e indicadores bioquímicos do metabolismo energético. O consumo de GLB não influenciou a produção média diária, produção de leite corrigido para 4% de GB, produção e concentração média diária de GB, lactose ou sólidos totais. A concentração de PB foi maior na inclusão de 12% do que no controle, enquanto a produção média diária de PB foi maior com uma inclusão de 8%. Nenhum dos tratamentos influenciou o consumo, eficiência alimentar, digestibilidade, concentração de AGNE ou uréia. Entretanto, a eficiência energética foi influenciada de maneira cúbica. A glicemia respondeu de uma maneira quadrática, sendo menor com 4 e 8% de GLB. No segundo ensaio foram utilizadas 24 vacas divididas entre três tratamentos (controle - TC, 1 mL de GLB/kg de PV – TG, ou 1mL de propilenoglicol/kg de PV - TP), em um delineamento de blocos completos casualizados. Os tratamentos iniciaram duas semanas pré e terminaram duas semanas pós-parto, as avaliações foram realizadas até a décima semana de lactação. Foram avaliadas a produção e a composição do leite, ECC, intervalo parto-1º cio e indicadores bioquímicos do metabolismo energético. Estudando os resultados médios para cada período de duas semanas, foi observada uma maior produção média diária de leite em todos os períodos no TP do que no TC. Na comparação com o TG, esta diferença existiu até a oitava semana de lactação, com exceção da quarta semana, quando foi observada uma tendência para esta diferença (P<0,10). O TP também apresentou uma maior produção média de leite corrigido para 4% de GB, enquanto a produção das vacas do TC foi superior à observada no TG. O TP e o TG influenciaram negativamente a concentração de GB. A produção média diária de GB foi menor no TG do que nos demais tratamentos. A concentração de lactose foi menor no TP, porém, este foi o tratamento com maior produção média diária deste componente. A concentração de NUL foi menor nas vacas tratadas. Não houve influência dos tratamentos estudados sobre o intervalo parto-1º cio, ECC, glicemia, concentração de AGNE ou de BHBO. A GLB é um bom alimento energético alternativo, em um nível de inclusão de até 12%, substituindo parcialmente o grão de milho moído na alimentação de vacas leiteiras. Entretanto, os resultados observados demonstram que o propilenoglicol é mais efetivo como aditivo precursor da gliconeogênese.