Raleio manual e químico de flores e frutos em pessegueiro (Prunus persica L. Batsch)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Paula Duarte de
Orientador(a): Marodin, Gilmar Arduino Bettio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/150539
Resumo: O raleio de frutos é uma prática fundamental à produção de pêssegos com calibre adequado à comercialização. No cultivo de pessegueiros, o raleio é realizado manualmente, quando os frutos atingem cerca de 20mm de diâmetro. Entretanto, quanto mais cedo for realizado, maior será o aumento no tamanho dos frutos, podendo ser realizado no período de plena floração, dependendo das condições edafoclimáticas da região. Ainda que proporcione diversos benefícios, trata-se de uma operação delicada que exige alta demanda de mão de obra, curto período para realização, representando cerca de 40% do custo total da mão de obra para a produção. O uso de substâncias raleantes visa substituir ou reduzir a necessidade do raleio manual. No entanto, para a cultura do pessegueiro, os resultados existentes até o momento são insuficientes, apresentando variações de resposta para a maioria dos produtos testados. Neste contexto, no presente trabalho foram instalados dois experimentos independentes. O primeiro experimento teve por objetivo avaliar o efeito do desponte de ramos e de diferentes épocas de raleio manual de flores e frutos sobre a produção e a qualidade dos frutos do pessegueiro „BRS Kampai‟ nas condições da Depressão Central do RS. Os tratamentos constituíram-se em: T1- Desponte da metade do ramo misto; T2- Desponte de um terço do ramo misto; T3- Raleio de flor no estádio de balão rosado; T4- Raleio na plena floração; T5- Raleio de frutos com 5mm; T6- Raleio de frutos com 20mm e T7- Sem raleio e sem desponte de ramos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com seis repetições, sendo os tratamentos repetidos nas safras 2013, 2014 e 2015, onde avaliou-se a produção e a qualidade dos frutos. Os resultados mostraram que plantas do pessegueiro „BRS Kampai‟ não raleadas são mais produtivas, porém seus frutos são menores e de baixa qualidade, e os despontes de ramos mistos de ano reduzem a produção de pessegueiro, mas não aumentam o calibre dos frutos de forma significativa. Já o raleio efetuado durante a plena floração e de frutos com 5 e 20mm é mais eficaz para aumentar o tamanho dos frutos. O objetivo do segundo experimento foi avaliar o efeito de diferentes concentrações e épocas de aplicação de éster butóxietílico do ácido 3,5,6-tricloro-2-piridiloxiacético (3,5,6 TPA-BEE) como raleante químico no pessegueiro „PS 10711‟. Os tratamentos foram arranjados em esquema factorial 4x2 (7, 14, 21 e 28mg L-1 de 3,5,6 TPA-BEE aplicados aos 20 e 40 dias após a plena floração), sendo utilizados como padrões o raleio manual e plantas sem raleio (controle). O delineamento experimental foi em blocos casualizados com três repetições, sendo os tratamentos aplicados nas safras 2014 e 2015, onde avaliou-se a taxa de abscisão, a produção e a qualidade dos frutos. Concluiu-se que a aplicação da auxína sintética 3,5,6 TPA-BEE aos 20 ou 40 dias após a plena floração não interfere na quantidade e qualidade dos frutos do pessegueiro „PS 10711‟.