História do resfriamento fanerozóico do embasamento da Serra do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil, por traços de fissão em apatita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Edgar Amaral
Orientador(a): Jelinek, Andrea Ritter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189028
Resumo: Análises termocronológicas de traços de fissão em apatita foram aplicadas a amostras de rochas cristalinas do embasamento da Serra do Espinhaço e da província do Quadrilátero Ferrífero, ambos localizados em Minas Gerais, no sudeste do Brasil. Os objetivos deste trabalho consistem desvendar a história termotectônica dessas áreas de relevo escarpado cercadas por planícies extremamente dissecadas e obter as taxas de denudação e erosão para correlacioná las com eventos regionais. A área de estudo engloba granitóides e gnáisses Arqueanos e Paleoproterozoicos, localizados na borda sudeste do Cráton São Francisco, sobrepostos por sequências sedimentares de idade Arqueanas a Paleo-Mesoproterozoicas. Idades aparentes de traços de fissão em apatita variam de 187 ± 18 a 91.8 ± 7.3 Ma e registram a passagem dos cristais de apatita pela zona de annealing parcial. Os comprimentos médios dos traços horizontais confinados variam de 9.62 ± 1.81 to 12.85 ± 1.35 m e indicam longa residência dentro da zona de annealing parcial. As idades aparentes de traços de fissão em apatita foram modeladas no software HeFTy 1.8.0 e geraram histórias témicas para cada amostra, as quais evidenciam um comportamento predominantemente similar. O primeiro episódio de resfriamento acelerado mostrado pela modelagem teve início no Devoniano Superior até o Permiano Inferior, trazendo as amostras de paleotemperaturas bastante superiores a isoterma de 120°C. Após esse evento, um tectonismo quiescente durou cerca de 150 a 220 Ma, durante o Mesozoico médio ao Eoceno-Oligoceno. O último evento que registra um resfriamento acelerado foi responsável pela exumação de cerca de 1320 a 2040 m de espessura de seção denudada durante os últimos 50 a 25Ma. Este evento pode ter sido causado a partir de diversos fatores, como novas configurações envolvendo as placas tectônicas de Nazca, Sul-Americana e Africana e criando movimentos epirogênicos; taxas de espalhamento mais lentas na dorsal meso-atlântica; ou ainda, origem climática quando taxas de erosão acentuada são discutidas por alguns autores, ainda que uma fase propensa ao intemperismo é registrada em perfis de rocha alterados.