Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cardone, Luciano Brasileiro |
Orientador(a): |
Porcher, Carla Cristine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265966
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Resumo: |
Neste trabalho são apresentados resultados da aplicação da Termocronologia pelo método dos Traços de Fissão em Apatita (TFA) em sete amostras do Escudo Uruguaio-Sul-Rio-Grandense (EUSRG) na região central do Rio Grande do Sul. Cinco amostras são do embasamento representado por granitoides e gnaisses do Complexo Encantadas e outras duas coletadas em unidades da Bacia do Camaquã (BC) compreendendo uma amostra de arenito da Aloformação Pedra Pintada e outra do Andesito Rodeio Velho, ambas do Alogrupo Guaritas (AG). A geomorfologia da área estudada é composta por dois domínios, a Antiforme de Santana da Boa Vista, onde ocorrem as unidades do embasamento, e a Bacia do Camaquã, onde ocorrem as unidades vulcânica e sedimentar. A paisagem do núcleo da antiforme consiste em morros suavemente ondulados, com declives pouco desenvolvidos e altitudes modestas (≤ 300m), morros com topos aguçados quando interceptados por fraturas NW-SE, cristas alongadas NE-SW que marcam seus flancos hogbacks e superfícies de aplainamento em condições de cimeira (≥ 400 m). No domínio da BC feições ruiniformes, como mesas, caracterizam a paisagem do AG. As idades TFA variam entre 204 Ma a 104 Ma no embasamento e 159 Ma a 93 Ma na BC. O comprimento médio dos traços confinados é de 10,88 μm no embasamento e 10,67 μm na BC. Um modelo de evolução geomorfológica foi possível a partir das modelagens térmicas de seis amostras. Foram identificados dois eventos de resfriamento: o primeiro no Ordoviciano; o segundo no Triássico com movimentos locais e ajustes entre eles; um evento de subsidência bem definido no Jurássico, que coincide com os estágios prérift do Gondwana e os derrames vulcânicos da Grande Província Ígnea Paraná- Etendeka. Finalmente, observa-se um terceiro evento de resfriamento no Paleógeno/Neógeno, relacionado a um aumento na taxa de expansão do assoalho Atlântico e a mudança no contexto tectônico dos Andes de extensional para compressional. Estes eventos promoveram uma ampla deformação no continente, contribuindo para a consolidação da geomorfologia da área estudada, estruturando-a nas unidades dos planaltos residuais e rebaixados, já definidos na bibliografia, além de marcar a contribuição do EUSRG na sedimentação da seção Paleógena-Neógena da Bacia de Pelotas. |