(Ins)piração : a trajetória da criação de uma videodança através do ensino remoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Clarissa Martins
Orientador(a): Valle, Flavia Pilla do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249910
Resumo: A criação em dança é um campo de estudos em constante transformação, sendo objeto de pesquisas principalmente sobre processos criativos de profissionais da área. Apesar da criação em dança também estar presente no ambiente escolar, seus procedimentos pouco são investigados nos moldes acadêmicos, mesmo que sejam fundamentais no aprendizado em dança na escola. Dessa forma, a presente pesquisa tem o intuito de analisar um processo de criação em videodança compartilhado entre docente e discentes com base na experiência de ensino remoto. A narrativa e a a/r/tografia são os referenciais metodológicos escolhidos para discorrer sobre os caminhos percorridos que culminam na criação da videodança (Ins)PirAção, protagonizada pela artista-docente autora dessa pesquisa, inspirada em criações estudantis realizadas durante o ensino remoto no ano de 2020. Reflexões sobre as possibilidades de criação em dança na escola, as estratégias de ensino e criação elaboradas pela autora, a participação estudantil, as etapas de criação da videodança e as reverberações na escola após a disponibilização do vídeo compõem essa dissertação. Compreende-se que a disponibilização da corporeidade da professora para dar vida às propostas estudantis emerge como possibilidade de ensino e criação em dança devido à escassez de recursos tecnológicos e acesso à internet por parte dos estudantes do ensino público. Além disso, a investigação sobre os próprios meios de criação em dança e referências artísticas da autora promove uma reflexão sobre suas propostas educativas na área. Ressalta-se o desafio desse processo de criação, assim como o protagonismo docente na elaboração de práticas metodológicas, praticamente sem recursos financeiros e diretrizes nacionais, sobretudo diante desse contexto recente de pandemia. Dentre as possíveis contribuições dessa investigação para o campo de estudos sobre processos de criação em dança, destaca-se a criação mediada por recursos tecnológicos, em especial, a câmera, ampliando conhecimentos relativos à criação de videodança; à apresentação de caminhos para práticas em sala de aula (presenciais ou virtuais); e à provocação de novos modos de ver o docente-artista em atuação em ambiente escolar, a fim de colaborar para que colegas de profissão se identifiquem com o ser artista-pesquisador-docente, incentivando-os a escrever sobre suas práticas de criação na escola.