Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santarem, Michelle Dornelles |
Orientador(a): |
Kuchenbecker, Ricardo de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202506
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a pontuação das Escalas de Braden (EB) e Morse (EM) como fatores preditores de mortalidade intra-hospitalar comparada ao Índice de Comorbidade de Charlson (ICC) em pacientes adultos e idosos admitidos a partir de um serviço de emergência. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, envolvendo pacientes clínicos, com idade a partir de 18 anos, admitidos em serviço de emergência com necessidade de internação hospitalar entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018 em um hospital universitário do Sul do Brasil. A análise da curva ROC foi realizada entre a EB e o ICC para a avaliação dos índices prognósticos em relação a mortalidade em 10 dias em pacientes adultos e entre a EB, EM e o ICC em pacientes idosos. Análise multivariável utilizou regressão de Poisson com variância robusta avaliando a relação entre as variáveis de interesse e o desfecho principal (mortalidade intra-hospitalar em 10 dias) em pacientes adultos e análise de sobrevivência (Kaplan-Meier) e regressão de Cox em pacientes idosos. Resultados: Foram incluídos no primeiro estudo 1080 pacientes, destes 51,3% homens, 85,9% brancos, com idade média de 64,09 (± 15,49 anos). A taxa de mortalidade geral do estudo foi de 38% (n=411). Cerca de 9,6% morreram em 10 dias. Entre os óbitos, 95,2% possuíam < 18 pontos na EB e 81,7% > 3 pontos no ICC. Para predição de mortalidade intra-hospitalar em 10 dias, a Escala de Braden com pontuação < 18 obteve uma sensibilidade de 95% (IC95% = 89,1-98,4%), especificidade de 54,5% (IC 95% = 51,3-57,6%) e Área sob a Curva (AUC) de 0,81. Já ICC > 3 apresentou uma sensibilidade de 81,7% (IC 95% = 72,9-88,6%) e especificidade de 26,7% (IC 95% = 23,9-29,6%). A AUC para mortalidade intra-hospitalar em 10 dias do ICC foi 0,58. Na análise multivariável permaneceram associados ao desfecho óbito as seguintes variáveis: Escala de Braden < 18 pontos (RR = 12,92; IC95%: 5,30-31,50) e Prioridade Urgente na classificação de risco por ocasião da chegada do paciente ao Serviço de Emergência (RR = 2,07; IC95%: 1,07-4,00). No segundo estudo foram incluídos 679 pacientes. A taxa de mortalidade foi de 39,4%. Para a predição de mortalidade intra-hospitalar, a Escala de Braden com pontuação < 18 obteve uma sensibilidade de 74,6% (IC95%: 68,9-79,7%), especificidade de 54,2% (IC95%: 49,3-59,1%), correspondendo a uma AUC de 0,67. Já a Escala de Morse > 45 pontos obteve uma sensibilidade de 65,3% (IC95%: 59,2-70,9%), especificidade de 44,7% (IC95%: 39,8-49,7%), e AUC de 0,54. O índice de comorbidade de Charlson >5,5 apresentou uma sensibilidade de 74,6% (IC95%: 44 - 54%), especificidade de 49,3% (IC95%: 69 - 79%) e AUC de 0,66. Posteriormente à análise multivariável, os fatores associados à mortalidade intra hospitalar foram: ICC > 3 (HR = 2,09; IC95%: 1,58-2,78); Escala de Braden < 18 pontos (HR=1,59; IC95%: 1,20-2,10). Conclusão: Estudos prospectivos podem melhor avaliar a acurácia das Escala de Braden, Morse e ICC na predição da mortalidade intra hospitalar, contribuindo, dessa forma, na avaliação da fragilidade. |