Modulação da prolactina na inflamação e reabsorção óssea na periodontite apical e sua regulação pelo estrogênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Weissheimer, Theodoro
Orientador(a): Só, Marcus Vinicius Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277645
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar a expressão de prolactina (Prl) e receptores de prolactina (PRLR) na periodontite apical, mediada por β-Estradiol (E2), e seu papel na modulação da resposta imunológica e no desenvolvimento da periodontite apical devido a infecções dentárias. Doze camundongos ovariectomizadas (OVX; n=6/grupo) foram divididos em grupos E2 e veículo (Veh). Ainda, camundongos PRLR knockout condicional (R26-creER2/PRLR flx/flx) (n=6) e camundongos de controle -cre (n=3) foram utilizados, com a deleção do gene PRLR induzida por injeções de tamoxifeno por quatro dias a partir do dia da exposição pulpar. A periodontite apical foi induzida por 14 dias, e os camundongos OVX foram suplementados com injeções de E2 ou veículo – óleo de amendoim. Após 14 dias, os camundongos foram eutanasiados, e amostras foram coletadas para medição de soro de E2, microtomografia computadorizada (μCT), reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real com transcrição reversa (RT-qPCR) e análises de imuno-histoquímica. Células MC3T3 foram cultivadas sozinhas ou com neurônios do gânglio trigêmeo e suplementadas com E2 ou E2 + antagonista PRLR. A mineralização foi avaliada após 21 dias. A significância estatística foi estabelecida em P < .05. Os dados do soro de E2 foram analisados usando o teste t de duas caudas não pareado. Os dados de μCT e mineralização in vitro foram analisados usando a análise de variância (ANOVA) de dois fatores com o teste post-hoc de Tukey. Um teste t de duas caudas não pareado foi usado para analisar os dados de RT-qPCR dos gânglios trigêmeos e glândulas pituitárias, e uma ANOVA de dois fatores com o teste post-hoc de Tukey foi usada para analisar os dados de RT-qPCR dos dentes/lesões periapicais. As imagens de imuno-histoquímica foram analisadas qualitativamente. A suplementação com E2 restaurou significativamente os níveis fisiológicos de E2 e reduziu o volume das lesões osteolíticas (P < .05). A expressão de Prl foi maior em lesões apicais de animais suplementados com E2, enquanto a expressão de PRLR foi ligeiramente reduzida (P < .05). A deleção de PRLR resultou em lesões significativamente menores (P < .05). Não houve diferenças na expressão de interleucina 1α, 1β, ou hormônio de crescimento entre animais tratados com E2 e Veh (P > .05). A imuno-histoquímica revelou expressão de Prl e PRLR nos gânglios trigêmeos e glândulas pituitárias de camundongos tratados com estrogênio, e uma expressão mais pronunciada em lesões apicais do grupo E2, com PRLR principalmente visto em osteoblastos. Níveis elevados de macrófagos, linfócitos T e neutrófilos foram observados no grupo E2. Prl dos neurônios do gânglio trigêmeo suplementados com E2 aumentou a mineralização dos osteoblastos (P < .05), enquanto a suplementação com E2 + antagonista PRLR inibiu a mineralização (P < .05). O estrogênio exibiu um papel protetor na reabsorção óssea e modulação da inflamação na periodontite apical, mediado em parte pela expressão sexualmente dimórfica de PRL e seu receptor, modulando assim a resposta imunológica e reduzindo a reabsorção óssea devido à periodontite apical.