Características associadas à fibrilação atrial prevalente e perfil de risco para fibrilação atrial futura em uma população idosa : estudo ELSA–Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Boccalon, Bernardo
Orientador(a): Santos, Ângela Barreto Santiago
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276646
Resumo: Introdução: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia que pode levar a sintomas limitantes e aumentar o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca (IC). Objetivo: Avaliar a associação de parâmetros clínicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos com FA ou flutter prevalente (FFA) e o perfil de risco para FFA futura de acordo com os escores Charge-AF e electronic health record-FA (EHR) em uma população idosa brasileira. Métodos: Foram incluídos todos os participantes do ELSA-Brasil com 60 anos ou mais cujo diagnóstico de FFA pôde ser avaliado através de autorrelato ou eletrocardiograma basal e que realizaram ecocardiografia no início do estudo. Resultados: Havia 88 (4,2%) participantes com FFA no início do estudo entre os 2.088 incluídos nesta análise. Aqueles com FFA eram mais velhos (66,8 ± 4,4 vs 65 ± 4,0 anos) e apresentavam maior prevalência de IC, infarto do miocárdio prévio, bloqueio de ramo esquerdo (BRE), intervalo QT prolongado, extra-sístoles supraventriculares e bradicardia sinusal. Indivíduos com FFA também apresentavam maior índice de volume do átrio esquerdo (AE), diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (VE) e menor fração de ejeção do VE (FEVE) em comparação com não FFA. Na análise multivariada, IC prevalente, BRE, AE maior e FEVE menor foram independentemente associados à presença de FFA. O risco em 5 anos de ocorrência de FFA entre aqueles em ritmo sinusal no início do estudo foi baixo (<2,5%) em 63% e alto (>5%) em 12% dos indivíduos, de acordo com o Charge-AF, o escore EHR; classificou 67% como baixo risco e 13% como alto risco. Conclusão: Em nosso estudo, 4,2% dos idosos dessa coorte brasileira apresentaram FFA. A presença de FFA foi associada à história de IC, BRE, dilatação do AE e pior função sistólica do VE. Entre aqueles em ritmo sinusal, 12-13% foram considerados de alto risco para desenvolver FFA com base em dois escores clínicos.