Evolução termotectônica fanerozoica dos Escudos Uruguaio e Sul-Rio-Grandense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, João Pacífico Silveira Luiz
Orientador(a): Jelinek, Andrea Ritter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252407
Resumo: A margem passiva Sul-Americana foi formada devido à abertura do Oceano Atlântico durante a ruptura do Gondwana Ocidental, no final do Mesozoico. O rifte propagou-se de sul para norte, seguindo estruturas associadas à formação do Gondwana Ocidental no Neoproterozóico, e é vinculado a volumoso magmatismo no Cretáceo Inferior. Através da aplicação de análises termocronológicas de baixa temperatura em rochas do continente e análises sísmicas na bacia oceânica, a presente tese visa aprimorar a compreensão sobre as forças geodinâmicas associadas à ruptura do megacontinente Gondwana, relacionando o resfriamento/soerguimento continental à formação e desenvolvimento da margem. A área de estudo compreende os escudos cristalinos Uruguaio e Sul-Rio-Grandense e a Bacia de Pelotas. Análises termocronométricas sugerem temperaturas inferiores a 200 ºC nos escudos no início do Paleozoico. A principal fase de resfriamento, associada ao soerguimento e exumação do embasamento continental, precede a abertura do Atlântico na região. Os resultados indicam que desde o Permiano os escudos resfriaram continuamente, alcançando temperaturas abaixo dos 60 ºC na transição Jurássico/Cretáceo, imediatamente antes do vulcanismo da Bacia do Paraná e abertura do rifte na região. Isso indica que as amostras analisadas estavam próximas à superfície durante o rifteamento, e sugere que os escudos formavam um alto topográfico regional na época. Análises sísmicas na Bacia de Pelotas indicam baixa deposição siliciclástica e volumoso magmatismo durante o rifteamento. Modelos termocronológicos sugerem um sutil reaquecimento após a abertura do Oceano Atlântico, com amostras alcançando 75 ºC no final do Cretáceo/Paleogeno. Isso poderia ser resultado de uma perturbação geotérmica causada pela pluma mantélica Tristão da Cunha e os magmatismos continental e oceânico associados ao rifte, persistentes até o final do Cretáceo nos escudos. O resfriamento final da região tem baixa resolução nos modelos, mas aparenta iniciar-se no Eoceno. Dados da Bacia de Pelotas sugerem um aumento na taxa de sedimentação a partir do Oligoceno, o que pode ser associado ao resfriamento/exumação final dos escudos e subsequente maior disponibilidade sedimentar para a bacia.