Pedogênese em topossequências graníticas no município de Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Medeiros, Paula Suélen Corrêa de
Orientador(a): Nascimento, Paulo Cesar do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/130572
Resumo: Os solos das áreas de morros de Porto Alegre apresentam distribuição intrincada, resultado das variações do relevo a curtas distâncias, e também das variações do material de origem. As características do ambiente, de modo geral, parecem facilitar a ocorrência de processos de formação em grau relativamente expressivo, convivendo com características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas que indicam baixo grau de intemperismo e desenvolvimento pedogenético. Com o objetivo de caracterizar, classificar e avaliar a influência de fatores e processos de formação em solos destas áreas, foram escolhidas duas topossequências de solos graníticos no município de Porto Alegre, os morros Santana (MS) e São Pedro (MSP). O primeiro teve cinco perfis representativos escolhidos, enquanto, no segundo, foram selecionados três perfis de solo. Foram feitas a descrição morfológica e coleta de amostras deformadas e não deformadas dos principais horizontes pedogenéticos, para realização de análises macro e micromorfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados mostraram a presença de perfis pouco profundos, com horizonte C a menos de 100 cm de profundidade. As características físicas destacaram o gradiente textural em seis dos oito perfis avaliados, com exceção dos perfis P1 do MS e P2 do MSP. Este dado, associado ao grau de floculação em horizontes transicionais, e a relação entre argila fina e argila total, reforça a hipótese de ocorrência de lessivagem. Os solos mostraram maior tendência ao distrofismo no MS, mas os perfis do terço inferior da encosta são eutróficos nos dois locais, indicando influência da posição da topossequêcia na lixiviação e remoção de cátions. As análises elementares, obtidas pelo ataque sulfúrico (s) e dissoluções seletivas em ditionito-citrato-bicarbonato de sódio (d) e oxalato de amônio (o), também mostraram grau de intemperismo maior no MS, expressos pelos menores valores do índice Ki e relação Fed/Fes próxima a 1. A relação Feo/Fed foi um maior em P1 do MSP, em área de topo aplainado, sendo um indicativo de drenagem restrita. A mineralogia mostrou minerais primários na fração silte de todos os perfis estudados e mineralogia caulinitica associada a presença minerais 2:1 A micromorfologia mostrou presença de revestimentos e preenchimentos de argila, mesmo em perfis de solos com grau de intemperismo pouco avançado. Pode-se confirmar a Lessivagem como processo pedogenético predominante. Os perfis P2, P3 e P4 do MS (posições de encosta) mostram grau de intemperismo químico avançado, apesar do pouco desenvolvimento em termos morfológicos e micromorfológicos. Os Argissolos são predominantes nas topossequencias, com presença de Cambissolos com caráter argilúvico (evidenciado pelo gradiente textural e revestimentos de argila) nas encostas média e sopé (MS) e Neossolos em posições de topo convexo (MS) e encosta superior (MSP).