Referências estilísticas de pianistas pós-graduandos na preparação inicial de obras de diferentes períodos à luz da teoria dos estilos de Leonard Meyer : um estudo quasi-experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cianbroni, Samuel Henrique da Silva
Orientador(a): Santos, Regina Antunes Teixeira dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214088
Resumo: A presente tese teve como objetivo investigar as referências estilísticas de pianistas pós-graduandos na preparação inicial de obras impostas de diferentes períodos à luz da Teoria dos Estilos de Meyer (1996). Um quasi-experimento foi realizado com três estudantes de piano em níveis de mestrado e doutorado em Música, em que os participantes aprenderam obras musicais de diferentes períodos (séc. XVIII, XIX e XX) e compositores (Haydn, Chopin e Bartók) em três sessões de estudo divididas em duas partes cada. Na primeira sessão os participantes tiveram disponíveis o piano e a partitura, e na segunda sessão, além das ferramentas já dispostas, fizeram o uso de três gravações disponibilizadas para serem usadas como referências. Entrevistas e registros das performances em formato wave e Midi foram realizadas, o que permitiu abordar tanto as falas e perspectivas dos participantes, quanto suas performances de forma mais acurada em aspectos fundamentais para a música: tempo e dinâmica, o que por sua vez facilitou o emprego do método misto para a análise dos dados e construção dos resultados. A Teoria dos Estilos Musicais do norte americano Leonard Meyer (1996) serviu como fundamentação teórica para o trabalho permitindo uma aplicação para a performance musical. Os resultados sugerem que os conceitos de idioma e dialeto foram os mais explorados pelos participantes de acordo com seus modos de ser e agir, sendo que demonstraram aprender com mais facilidade as obras que faziam parte das regras (explícitas e implícitas) do sistema tonal. Neste sentido o idioma estaria ligado diretamente ao estilo do compositor, sua forma de escrever de acordo com seu contexto e produção musical da época em que viveu, bem como as convenções de performance da música referida. O dialeto por sua vez estaria ligado a algo ainda mais intrínseco do compositor: a maneira de reproduzir o seu som característico. A proposição final se dá de forma que para um nível de execução estilisticamente aceito pela comunidade de prática, não é fundamental somente a experiência direta com a obra do compositor, mas sim com o idioma que é (foi) compartilhado pelo mesmo, desde que haja o conhecimento das regras (explícitas e implícitas) do sistema no qual a obra foi composta.