Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Dias, Luis Giorgis |
Orientador(a): |
Amador, Fernanda Spanier |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/236118
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Resumo: |
Esta dissertação dedica-se a pensar a temática da formação em serviço a partir de uma experiência de pesquisa-intervenção realizada com trabalhadores da saúde de uma UBS localizada no município de Porto Alegre. Traz como centrais leituras que compreendem o trabalho a partir da perspectiva da atividade, que reconhecem o trabalhar como uma experiência marcada pela renormatização mediante debates de normas e valores. Trata-se de uma experiência de ordem vital e que tem como característica se relacionar com instâncias diversas do corpo social ao qual se está envolvido. A microgestão operada em meio ao reordenamento dessas normas traz à tona a impossibilidade de separar o trabalho da dimensão política, aqui entendida como modos de gerir essa vida que é comum e partilhada, sendo o trabalho em saúde uma das maneiras de pautar modos de viver em conjunto. Partindo da constatação proveniente da renormatização de que há produção de saberes em meio ao próprio trabalho em saúde, busca-se problematizar a formação pelo trabalho para discutir a produção de saberes como conjugada com a feitura da política. O método empregado tem como central a análise da atividade, por onde se constata, em meio à pesquisa, que a proposta de formação nessa modalidade constrói espaços de problematização e desnaturalização dos processos de trabalho. O método suscita entre os trabalhadores debates onde fazer política e produzir saberes se coengendram na medida em que se fundam outras possibilidades de trabalhar através do olhar crítico às condutas cotidianas e à forma como são moduladas, convidando a debater que SUS e que modos de viver se produzem mediante esse trabalho. A partir da experiência da pesquisa discute-se a formação, dialogando com as contribuições de Gilles Deleuze a respeito do aprender, pensando a formação em serviço no sentido de que produção de saberes se dá mediante crítica do instituído. A emergência de novas formas de trabalhar ocorre em meio ao exercício da política, na medida em que, ao analisar a atividade, os trabalhadores pautam o SUS e a vida em comum nos rumos que lhes parecem mais coerentes e assim constroem, fundamentam e disputam os sentidos de seu trabalho. |