Saberes e poderes de enfermeiras coordenadoras de saúde: desenvolvendo competências no processo de construção do Sistema Único de Saúde no Município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Noca, Cell Regina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SUS
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6131/tde-14042021-093507/
Resumo: Este estudo tem como objetivo geral analisar as competências de enfermeiras Coordenadoras de Saúde, identificando os saberes, no momento de descentralização político-administrativa e do processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) no Município de São Paulo. Utilizou-se a história oral privilegiando a trajetória profissional das enfermeiras, seguindo roteiro semi-estruturado. Também foram realizadas entrevistas com dois Subprefeitos e o Secretário Municipal da Saúde. Procedeu-se à análise qualitativa dos dados e os resultados indicaram: a Subprefeitura é uma nova instância no jogo de disputa de poder que alterou a correlação de forças no Município com a necessidade de pactuar acordos e manter condições para a governabilidade local; a responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde como gestora de saúde no Município e defensora do SUS e a Coordenadoria de Saúde como gestora local. Na perspectiva das entrevistadas, coordenar é articular, negociar e facilitar a execução das Políticas de Saúde e consideram como principais competências, em termos ideais, para a nova função: saber relacionar-se para tecer uma rede de compromissos sociais para a qualidade de vida, conhecer as Políticas de Saúde e a região, acreditar no SUS, valorizar o serviço público e ser democrática. No entanto, no exercício do cargo necessitam desenvolver a competência política, o compromisso social e uma prática crítico-reflexiva para o entendimento da dialética do trabalho. Vislumbram um novo espaço profissional que transcende os saberes técnico-científicos da enfermagem para uma ação política de saúde e assim, enveredam para a Saúde Pública.