Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cócaro, Mateus Gomes |
Orientador(a): |
Tavares, Juliana Petri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/236379
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Resumo: |
Introdução: a pandemia ocasionada pela COVID-19 tem impactado nas rotinas de trabalho das equipes de enfermagem. O grau de mortalidade e gravidade é modificado de acordo com a faixa etária, sendo de maior a prevalência em pessoas com 60 anos ou mais e portadores de outras comorbidades como diabetes, doenças cardiocirculatórias, gestantes de alto risco e imunossuprimidos, sendo estes classificados como grupo de risco. Com o aumento de casos, o afastamento de profissionais da saúde que fazem parte de grupos de risco não foi possível. Com isso, esses indivíduos continuaram nas suas rotinas de trabalho, convivendo com o medo frente à doença, vulneráveis às alterações psíquicas, como os Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) e a síndrome de burnout. Objetivo: analisar as implicações das alterações psíquicas do trabalhador de enfermagem pertencente aos grupos de risco e atuantes na pandemia da COVID-19 em quatro hospitais públicos referência no atendimento da doença no Rio Grande do Sul. Métodos: estudo transversal, multicêntrico, com 845 profissionais de enfermagem de quatro instituições do Sul do Brasil. Foram incluídos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem atuantes na assistência hospitalar durante o período da Pandemia pela COVID-19. Como critério de exclusão, foi considerado o afastamento da função durante todo o período, ou, maior parte do tempo, da Pandemia da COVID-19. A pesquisa obteve parecer favorável do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) sob n°. 33105820.2.0000.0008. Os participantes do estudo receberam o Termo de Consentimento Livre Esclarecido disponibilizado de forma on-line. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a outubro de 2020, via questionário on-line. Todos os trabalhadores com vínculo ativo e que tiveram seu contato disponibilizado foram convidados para participar do estudo via e-mail e/ou contato via redes sociais, utilizando amostragem nãoprobabilística. Para a avaliação, foi aplicado o instrumento Self-Reporting Questionnaire (SRQ 20) e o Maslach Burnout Inventory (MBI). A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva e inferencial. Resultados: 25,3% pertencem ao grupo de risco. Esses trabalhadores apresentaram maiores médias nos escores de Desgaste Emocional e Despersonalização (p<0,05) e maiores percentuais de DPM (55,2%) em relação aos trabalhadores que não pertencem ao grupo de risco. Os DPM apresentaram a maior influência negativa sobre a Realização Profissional (10,0% desta variabilidade). DPM, uso de medicações, impacto na saúde mental e fazer parte das instituições HA, HB e HC apresentaram maior influência sobre o Desgaste Emocional (38,7% desta variabilidade). A Despersonalização foi influenciada pelas variáveis DPM, impacto na saúde mental e fazer parte das instituições HA e HB (23,1% desta variabilidade). Conclusão: os resultados obtidos evidenciam que 55,2% dos trabalhadores do grupo de risco estavam expostos aos DPM. O grupo de risco apresentou maiores escores de desgaste emocional e despersonalização para síndrome de burnout. Os resultados deste estudo podem contribuir para discussão sobre os trabalhadores de enfermagem atuantes na assistência hospitalar, inseridos no contexto da pandemia de COVID-19 e expostos a fatores estressantes com possibilidade de ocasionar alterações psíquicas no exercício da profissão. |