Contexto do trabalho e alterações psíquicas dos policiais civis de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendonça, Viviane Gallon
Orientador(a): Tavares, Juliana Petri
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217866
Resumo: O objetivo desta dissertação foi analisar o contexto de trabalho e as alterações psíquicas dos Policiais Civis de Porto Alegre. Um estudo de delineamento misto. A população em estudo era de 1540 Policiais Civis, com uma amostra de 237 para a etapa quantitativa e 20 para a etapa qualitativa. Para a coleta de dados foram questionados dados gerais do trabalhador, estilo de vida e informações sobre o trabalho, bem como a aplicação das escalas Desequilíbrio Esforço-Recompensa, Self–Report Questionnaire-20, e o inventário de Maslach Burnout Inventory. Na etapa qualitativa foi utilizado entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram submetidos à estatística descritiva e analítica. Para análise qualitativa empregou-se a análise temática de Minayo. O projeto maior foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CAAE: 65391717.1.0000.5347. Resultados: O maior percentual era do sexo masculino, 123 (51,9%), casado ou com companheiros 156 (65,8%), com a mediana de idades de 39,5 anos. Os policiais possuem hábitos de vida saúdaveis quanto à alimentação (n=160 ;67,5%) e a prática de exercícios físicos (n=161; 67,9%), quanto ao trabalho, os policiais destacaram escala de trabalho insuficiente 142 (59,9%), 147 (62,0%) alegam não ter recebido treinamento para a função, os distúrbios psíquicos menores estiveram prevalentes em 62(26,2%), ressaltando que a maioria 116 (48,9%) sente-se nervo, tenso ou preocupado, e foi associada ao sexo feminino, número de filhos, tratamento de saúde, com uso de medicação, adoecimento de um colega, a satisfação com a remuneração, com o local de trabalho, reconhecimento no trabalho, relações interpessoais e motivação para o trabalho(p<0,05). O estresse psicossocial esteve presente em 160 (67,8%) dos policiais, associado a realização de horas extras e sobreaviso, escala isuficiente de trabalhadores, reconhecimento, remuneração (p<0,05). A Síndrome de burnout esteve presente em 9 (3,8%) dos policiais, apresentou associação com adoecimento de um colega, alteração na saúde mental, ritmo e escala de trabalho, satisfação com a remuneração, local de trabalho, reconhecimento e motivação para o trabalho. A partir das entrevistas emergiu 2 categorias e 6 subcategorias relacionadas com o contexto de trabalho e as alterações psíquicas do policiais: “Contexto de trabalho da Polícia Cívil e O trabalho e alterações psíquicas e as subcatergorias:“Ritmo frenético de trabalho e cobrança por metas”; “Condições precárias de trabalho”;“Quadro de pessoal insuficiente”. “Desenvolvendo sintomas psíquicos”; “Esforço elevado e baixa recompensa no trabalho”;“Pressão psicológica no trabalho”; Conclusão: Evidenciou-se que o contexto de trabalho pode estar associado com a presença do estresse psicossocial, distúrbio psíquico menor e a Síndrome de Burnout nos policiais civis.