Com que roupa eu vou? embelezamento e consumo na composição dos uniformes escolares infantis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Beck, Dinah Quesada
Orientador(a): Felipe, Jane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/61954
Resumo: A presente Tese de Doutorado em Educação intitulada “Com que roupa eu vou? Embelezamento e Consumo na Composição dos Uniformes Escolares Infantis”, desenvolvida na Linha de Pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero do PPGEDU da FACED/UFRGS teve como primordial foco de estudos pesquisar a produção das identidades de gênero femininas infantis escolarizadas marcadas pelo processo de pedofilização como prática social contemporânea. O estudo empreendido buscou responder em sua narrativa, mesmo que provisoriamente, a seguinte questão: de que forma as práticas de uniformização escolar infantil interferem no modo como as meninas investem, em seus corpos, padrões estéticos e corporais de embelezamento e consumo tão difundidos em nossa sociedade e propagados pela escola na constituição de suas identidades de gênero? Tendo como referenciais teórico-metodológicos os Estudos de Gênero e os Estudos Culturais em Educação, foram desenvolvidas entrevistas semiestruturadas com crianças e com profissionais da escola em questão, no intuito de coletar dados acerca do problema pesquisado. Desenvolvi, também, observações em momentos livres das crianças na escola num período aproximado de seis meses, registrados num caderno de anotações, com o intuito de problematizar, discutir e investigar o problema de pesquisa apontado. O estudo suscitou a compreensão de que as práticas de composição em torno dos uniformes escolares infantis, glamourosamente produzidas pela escola e propagadas pelas crianças estabelecem uma consistente relação entre consumo e embelezamento dos corpos, demarcando dois processos recorrentes em tais práticas: pertencimento e erotização autorizada. Em tal prática escolar foi possível também perceber a demarcação de discursos e representações sociais e culturais contemporâneos da importância do maciço investimento, desde a infância, nos corpos, na imagem e na aparência, reforçando a adesão das meninas na produção/composição de suas identidades de gênero.