Segurança dos produtos de embelezamento animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Assis, Fabiana dos Passos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66273
Resumo: Estudos revelam que a convivência dos seres humanos com animais de estimação traz benefícios para os humanos. A relação próxima entre ambos tornou o animal um membro da família, aumentando o cuidado com seu asseio e bem-estar, estimulando o consumo de produtos e serviços para animais e promovendo o crescimento do setor pet. Os cães e gatos são os maiores consumidores de cosméticos para pet. A composição dos cosméticos para pet é similar à dos cosméticos para humanos, porém, a estrutura e fisiologia da pele de cada espécie é diferente. Em função disto, os objetivos deste trabalho foram analisar o cenário regulatório do ponto de vista de segurança, para ambos e identificar através da aplicação de questionários a incidência de reações adversas oriundas do uso de cosméticos em cães e gatos, bem como a percepção da segurança dos tutores e profissionais da área veterinária. O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consulta à legislação brasileira e americana aplicáveis à cosméticos para humanos e cosméticos para pet vigentes até outubro de 2022. Além disto, foram consultados os dados de mercado disponibilizados pela ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) e consultados artigos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados da CAPES sobre as diferenças na estrutura e fisiologia da pele entre animais e humanos. Os questionários específicos foram elaborados para tutores, veterinários, groomers/banhistas. A consistência de cada um deles foi avaliada segundo alfa de Cronbach e determinado número mínimo de trinta voluntários para cada questionário. Os resultados foram avaliados aplicando análise estatística descritiva e uso de técnicas de agrupamento para identificação de possíveis subgrupos passíveis de análise. Os testes de hipótese foram conduzidos com significância de 5%. O levantamento bibliográfico demonstrou que nos EUA (Estados Unidos da América) não há regulamentação para os cosméticos para pet. No Brasil a legislação do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determina requisitos para estes produtos, porém carecem de parâmetros de segurança com base nas características individuais das espécies, bem como a definição de critérios e procedimentos para implementação da cosmetovigilância veterinária devido ao aumento do consumo nos últimos anos. Os resultados mostraram que 88% dos tutores têm hábitos de higiene com seus pets, 79,7% dos tutores e 96,6% dos groomers/banhistas preferem os cosméticos para pet. Dos casos de reação adversa relatados no último ano, o maior precursor de reações adversas é o shampoo e também o mais utilizado pelos tutores e groomers/banhistas. Entre os atributos avaliados pelos tutores e groomers/banhistas, aqueles relacionados à segurança do produto e do animal foram os que tiveram a maior nota atribuída. Conclui-se que a segurança do produto é relevante tanto para tutores como groomer/banhistas.