Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Talita Gonçalves |
Orientador(a): |
Maraschin, Cleci |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213019
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Resumo: |
Este é um trabalho cartográfico que parte das narrativas de aborto provocado retiradas de dois sítios da web: o site Women on Web e o tumblr da campanha desenvolvida pelo Instituto de Bioética Anis, com o nome de “Eu Vou Contar”. Procurou-se nas narrativas indícios de uma partilha ética distanciada do julgamento de certo ou errado, mais próxima de uma competência ética com foco nas negociações e alianças que são possíveis estabelecer na convivência. Dois eixos orientaram esse percurso cartográfico: 1) como se constituem e atualizam as redes de cuidado entre mulheres nos casos de aborto provocado?; 2) quais as possibilidades das tecnologias web ao atuarem nessas redes?. Essas pistas vieram dos pontos que emergiram da leitura das narrativas, e de onde estipulou-se os operadores conceituais da pesquisa: o narrar, a sororidade e a ética do cuidado, pensados a partir de uma perspectiva enativa. Aponta-se, ao longo do trabalho, que o narrar se configura em um operador que pode transformar a vivência sempre difícil da decisão de abortar em uma experiência passível de ser compartilhada. Também ponderou-se na discussão uma necessidade de problematizar a sororidade como um simples exercício de empatia (no sentido comumente atribuído de se colocar no lugar do outro) para tomá-la como um exercício de alteridade. A ética do cuidado é evocada na pesquisa para afirmar uma outra maneira de viver os problemas morais, afastada da lógica ocidentalizada que herdamos do capitalismo-colonialismo e de um modo de adjetivar as relações femininas. Aqui ela se apresenta como um exercício de afirmação e invenção das alianças de cuidado, para além das dualidades do gênero. |