Uma análise antropológica de narrativas sobre itinerários abortivos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Abreu, Mariana Taranto Reynier de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34153
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo o estudo antropológico das narrativas de mulheres que já passaram por experiências abortivas em contextos de clandestinidade, em diferentes estados do Brasil. Para isso, foi realizado um conjunto de dez entrevistas em profundidade para reunir material de cunho etnográfico sobre os percursos percorridos pelas autoras das narrativas. Dessa forma, investigo as múltiplas vivências e interpretações dessas mulheres que já realizaram um aborto, compreendendo as disputas morais e simbólicas envolvidas no processo. Torna-se objeto de pesquisa os “itinerários abortivos” das interlocutoras, como o método escolhido, a sequência temporal, as negociações familiares e conjugais, concepções religiosas, processo de decisão, estratégias mobilizadas e o atendimento no sistema de saúde. A partir dessa abordagem, almejo apresentar pontos de vista sobre o aborto, por vezes, invisibilizados e assim, trazer à tona reflexões sobre a atual legislação do aborto no Brasil. Não pretendo esgotar o assunto, mas empregar a teoria e metodologia antropológica para acrescentar nova compreensão ao debate, normalmente mobilizado através de concepções morais, religiosas e ideológicas.